Em Natal, Requião defende mobilização para mudar o país

Publicado em 07 de dezembro de 2017 às 17h03min

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o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania na Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (7), o senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou que somente a consciência clara do que acontece no mundo e como “deságua nas nossas terras” torna possível mudar os rumos do país.

Para ele, é essencial manter a mobilização popular em todos os momentos, ocupar espaços como escolas e fábricas e conscientizar as pessoas. O evento foi promovido em parceria com os mandatos do deputado estadual Fernando Mineiro (PT) e da senadora Fátima Bezerra (PT-RN), além da Frente Brasil Popular (FBP), Adurn Sindicato e Frente de Juristas pela Democracia.

“Tem gente boa no Congresso, mas não o suficiente para mudar as coisas, portanto que se levantem as bases dos partidos”, conclamou o senador, que afirmou ainda que a candidatura de Lula à Presidência é “a mais viável para o Brasil”.

A Frente lançada por Requião é definida pelo próprio parlamentar como sendo suprapartidária, nacional, democrática e popular. Em sua fala, ele defendeu a necessidade de se formar, no país, “quadros médios” que entendam o que está acontecendo e levem as pessoas e se conscientizarem e se mobilizarem mais.

Contextualizando a conjuntura atual do Brasil com a situação mundial, Requião observou que “não tem diferença a tragédia da Europa e a daqui”, dando o exemplo da precarização do trabalho e privatização da previdência. “O capital financeiro internacional financia esse jogo, e isso está claro no documento maldito ‘Uma ponte para o futuro'”.

O senador também falou sobre corrupção e Petrobras. “Sou filiado ao PMDB e não tenho nenhum constrangimento em dizer que o meu partido é o que mais tem gente presa por corrupção, que é um mal ampliado pelo financiamento privado de campanha”, avaliou.

“Dizer simplesmente que todos são iguais imobiliza a população”, disse. “O que nos dizem é que não tem saída, mas é claro que existe opção”, completou. “A Petrobras, por exemplo, tem que investir pesado nela, ao invés de sucateá-la, para alavancar o nosso desenvolvimento”.

Mineiro destacou que no RN “não existe nada mais brutal contra a soberania” do que a privatização do sistema energético, como pretendido com o sistema Eletrobras. “Isso tem incidência sobre todo o planeta e sobre a questão da água, porque a venda da Chesf tem um impacto perverso no Rio São Francisco”, observou o deputado. Ele também citou a entrega dos campos maduros da Petrobras e afirmou a necessidade de “trazer esse debate tão importante para o nosso chão concreto”, com a tarefa de espalhar as ideias da Frente.

A senadora Fátima Bezerra denunciou que o Congresso Nacional “foi sequestrado pelo que há de pior em termos de atraso”, mas Requião é uma das suas principais referências em matéria de dignidade, coerência e espírito público. “Você inspira aqueles e aquelas que têm amor a esse país e não desistirão e continuarão na resistência para trazer a democracia de volta”, afirmou.

Compondo a mesa do debate, o presidente do ADURN-Sindicato, Wellington Duarte, chamou atenção para a importância de se refletir sobre a necessidade de mobilização da sociedade em amplas frentes. O objetivo, segundo ele, "seria derrotar o projeto de desmonte do Estado" através destas organizações.

Estiveram presentes também, na mesa do debate, o médico e advogado Alexandre Motta (Frente de Juristas pela Democracia) e José Teixeira (FBP).

Fotos: Vlademir Alexandre
Fonte: Assessoria de Comunicação do Deputado Estadual Mineiro
Com informações da Assessoria de Comunicação do ADURN-Sindicato

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