Publicado em 30 de novembro de 2016 às 11h50min
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Em mais um dia de mobilização em defesa da Educação Pública e das Universidades, o ADURN e Sindicatos federados ao PROIFES participaram nesta terça-feira, 29, do movimento #OcupaBrasília com objetivo de impedir a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 no Senado. No entanto, ao final do dia, com o Parlamento fechado para a sociedade e o protesto duramente reprimido pela Tropa de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal, os senadores aprovaram a PEC, em primeiro turno, por 61 votos a favor e 14 contrários.
Após a realização de um ato público, caravanas com estudantes e trabalhadores de todo o país seguiram em caminhada pelo Museu da República, Esplanada dos Ministérios até a frente do Congresso, onde pretendiam ficar e acompanhar o resultado da votação. Contudo, de forma violenta e repressiva, a polícia desmobilizou a manifestação, que seguia pacífica, com o uso de bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.
A professora da UFRN, Sandra Sassetti Fernandes Erickson, do Departamento de Línguas e Literaturas Estrangeiras Modernas, que integrava a comitiva do Rio Grande do Norte, foi agredida pela polícia por reclamar sobre o uso de bombas de efeito moral e spray de pimenta contra estudantes e professores universitários.
"É lamentável a atitude truculenta da Polícia Militar de Brasília, que desrespeitou o princípio básico da Democracia, de expressar as vontades políticas através das manifestações públicas e pacíficas. Isso demonstra o desrespeito que esse governo tem por quem diverge dele. O ADURN-Sindicato repudia veementemente a agressão sofrida pela professora Sandra Sassetti e está atento ao caso", disse o presidente, Wellington Duarte.
Mobilização na UFRN
Além da participação na manifestação em Brasília, o ADURN-Sindicato realizou uma série de atividades na UFRN, com passagem nas salas de aulas, telão para acompanhamento da votação no Centro de Convivência e panfletagem com intervenções do Teatro do Oprimido.
De forma irreverente, os atores interagiram com a sociedade sobre o significado da PEC na realidade cotidiana dos trabalhadores e estudantes.
Os docentes movimentaram o campus central e alertaram a sociedade sobre os efeitos nocivos da PEC 55 para a Educação. Na última década, dobrou o número de campi e de vagas nas universidades federais, especialmente nas regiões mais carentes. Um avanço que, se aprovada, a proposta deverá sucatear.
