Publicado em 02 de junho de 2023 às 13h48min
Tag(s): ADURN-Sindicato Direitos Humanos Saúde UFRN
Acontecerá, na próxima segunda-feira (5), uma audiência pública para discutir sobre a luta antimanicomial no Rio Grande do Norte. O debate vai ocorrer na Assembleia Legislativa do Estado e tem como tema "Os Desafios da Luta Antimanicomial no RN". A ocasião foi articulada com o ADURN-Sindicato, em parceria com o PET-Saúde/UFRN, o deputado estadual Francisco do PT e as deputadas estaduais Isolda Dantas (PT) e Divaneide Basílio (PT).
A enfermeira, professora da UFRN e coordenadora do projeto PET-Saúde, Paula Brandão, afirma que se "trata de um momento pra referendar a perspectiva da continuidade da luta antimanicomial e da necessidade de evidenciar, e pautar os investimentos no crescimento e fortalecimento da rede de atenção psicossocial".
A ideia de trazer o assunto à Assembleia Legislativa foi encabeçada pelo ADURN-Sindicato, em conjunto com o Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde/UFRN), ao reconhecerem a importância de discutir temáticas como esta.
O evento será aberto ao publico, portanto, estudantes, autoridades, líderes de movimentos sociais, profissionais diversos e população geral podem comparecer. A discussão acontecerá no Plenário do Auditório Cortez Pereira - ALRN, às 9h.
O que é a Luta Antimanicomial?
A luta surgiu no Brasil desde a década de 80, a partir de constatações de práticas abusivas cometidas em instituições psiquiátricas e precarização das condições de trabalho. Em 18 de maio é celebrado o Dia Nacional de Luta Antimanicomial e a data tem por objetivo combater, justamente, práticas como estas e trazer o debate sobre novas diretrizes das políticas públicas no cuidado com a saúde mental do indivíduo.
O movimento defende a preservação do bem-estar, saúde e cidadania de cada pessoa, além de lutar pelo fechamento dos manicômios, formalização de novas legislações, implantação da rede de saúde mental e atenção psicossocial.
Para a professora Paula a “luta antimanicomial é, sobretudo, um movimento social e político. O objetivo central dela é justamente combater a internação compulsória, que resulta na perda da cidadania por parte dos indivíduos e a exclusão social dessas pessoas que têm transtorno mental”.
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