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ADURN-Sindicato
Publicado em 16 de abril de 2015 às 07h42min
Tag(s): Paralisação
Com o objetivo de barrar mais uma tentativa de suprimir direitos, no bojo da ofensiva conservadora e reacionária, trabalhadores de todo o país paralisaram suas atividades nesta quarta-feira (15) para protestar contra a terceirização irrestrita. Em Natal, os milhares de manifestantes se concentraram em frente à Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) e marcharam pela Salgado Filho até o shopping Midway.
Centrais sindicais, movimentos sociais, entidades civis e partidos de esquerda presentes ao ato denunciaram a ofensiva liderada pelo presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para as entidades, o projeto de lei 4330, na prática, legaliza o desmanche da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), retirando direitos da classe trabalhadora e proporcionando aos setores patronais segurança jurídica para manter e até mesmo ampliar a precarização das relações e condições de trabalho.
Presente à manifestação, o ADURN-Sindicato e o PROIFES-Federação reforçaram o entendimento de que o projeto representa um retrocesso a direitos adquiridos, com enorme prejuízo aos trabalhadores, e lembrou ainda da necessidade de unidade e mobilização pela rejeição das MPs 664 e 665/2014, também em discussão pelos parlamentares.
Durante a manhã, também houve mobilizações em diversos pontos da capital do Estado do Rio Grande do Norte. Às 9h, o Sindipetro/RN promoveu um ato na sede administrativa da Petrobrás, onde estiveram presentes representantes de várias centrais sindicais.
Mais cedo, a BR-101 foi fechada em Extremoz, onde diretores e representantes das centrais sindicais (CTB, CUT, CONLUTAS) e movimentos sociais fizeram um bloqueio para conscientizar milhares de trabalhadores têxteis que se dirigiam ao trabalho sobre a importância do protesto contra a terceirização, que só beneficia os empresários.
O Projeto de Lei 4330 que contempla a ampliação da terceirização no mercado de trabalho é considerado uma ameaça aos direitos trabalhistas e tem o apoio dos setores mais conservadores do Congresso Nacional. No Senado, um projeto similar, o PLS 87/2010, também foi desarquivado a pedido da bancada do PSDB e pode ir à votação a qualquer momento.
Com a pressão popular nas redes e nas ruas contra o PL 4330, a votação na Câmara foi adiada para a próxima quarta.