Em descoberta inédita no mundo, cientistas brasileiros encontram parasita preservado dentro de ossos de dinossauro

Publicado em 19 de outubro de 2020 às 16h45min

Tag(s): Ciência



Pesquisadores da UFRN, da UFSCar e da Unicamp identificaram microrganismo em 'dino zumbi' que sofria de osteomielite aguda, doença que até hoje afeta animais e também humanos.

Uma equipe de cientistas brasileiros encontrou, em uma descoberta inédita no mundoum parasita sanguíneo preservado dentro dos ossos de um dinossauro. A pesquisa foi publicada na quinta-feira (15) na revista científica "Cretaceous Research".

Os pesquisadores – da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Unicamp – acharam o parasita nos ossos de um titanossauro (os dinos de pescoço comprido) que sofria com uma doença chamada osteomielite aguda, uma infecção óssea que até hoje atinge animais e humanos.

Antes da descoberta dos brasileiros, parasitas pré-históricos só haviam sido encontrados dentro de insetos preservados em âmbares ou em fezes fossilizadas – ou seja, nenhum dentro de um hospedeiro.

Como foi feita a descoberta?

Em 2017, enquanto fazia seu pós-doutorado, a cientista Aline Ghilardi, da UFRN, autora sênior da pesquisa, notou que um dos ossos dos dinossauros que estudava – que havia sido descoberto em São Paulo e que hoje é mantido em um laboratório da UFSCar – tinha caroços esponjosos.

A equipe resolveu, então, estudá-lo mais a fundo. No ano seguinte, o pesquisador Tito Aureliano, que fazia mestrado na Unicamp, decidiu estudar os ossos com um microscópio – e, depois, com uma tomografia, feita na Faculdade de Medicina da USP.

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