Vendas no comércio têm nova queda, com retração na maioria dos setores em todo o país

Publicado em 10 de agosto de 2022 às 13h34min

Tag(s): Crise econômica



De maio para junho, houve queda em sete das oito atividades e em 23 das 27 unidades da federação

O volume de vendas no comércio teve a segunda queda seguida e recuou 1,4% de maio para junho, segundo informou o IBGE nesta quarta-feira (10). Em relação a junho do ano passado, a variação foi de -0,3%. Agora, as vendas no varejo acumulam alta de 1,4% no ano e queda de 0,9% em 12 meses. No chamado varejo ampliado (que inclui material de construção e veículos, motos e peças), o movimento foi estável no semestre (0,3%) e caiu 0,8% em um ano.

Assim, com esses resultados, o comércio está 4,6% abaixo do máximo da série (outubro de 2020). E 1,6% acima do nível pré-pandemia (fevereiro do mesmo ano).

De acordo com o IBGE, houve queda nas vendas no mês em sete das oito atividades de comércio pesquisadas e em 23 das 27 unidades da federação. A atividade que inclui tecidos, vestuário e calçados, por exemplo, caiu 5,4%. As vendas de combustíveis e lubrificantes recuaram 1,1% e a de móveis e eletrodomésticos, 07%. No segmento de hiper e supermercados, que abrange alimentos, a retração foi de 0,5%. A exceção foi do setor de artigos farmacêuticos e médicos, que cresceu 1,3%.

Mais venda de remédios

Na comparação com junho do ano passado, esse setor também se destacou com alta de 11%, a oitava seguida, somando 8,4% de crescimento no semestre. Já a atividade de combustíveis e lubrificantes teve aumento de 7,8% nas vendas em relação a junho de 2021. O setor de tecidos, vestuário e calçados subiu 2,2%.

Por sua vez, a atividade que inclui hiper, supermercados e alimentos teve aumento de 1,5% nas vendas depois de cair 0,5% no mês anterior. “Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -1,5% até maio para -1,1% em junho, o setor mostra diminuição de intensidade de queda”, diz o IBGE.

Móveis, eletrodomésticos, veículos: quedas

No sentido contrário, móveis e eletrodomésticos registrou queda, a terceira seguida, de 14,7% na comparação com junho do ano passado. Soma 15% de retração em 12 meses. No varejo ampliado, veículos, motos e peças recuou 7,1% nessa mesma comparação e reduziu pela metade a intensidade de crescimento em 12 meses. De 6%, até maio, para 3% agora.

Material de construção também teve resultado negativo: -11,4% ante junho de 2021. O setor cai 7,7% em 12 meses.

Ainda de maio para junho, o comércio varejista teve retração em 23 das 27 unidades da federação, com destaque para Minas Gerais (-7,7%), São Paulo (-2,5%) e Espírito Santo (-2,5%). Na Paraíba, as vendas subiram também 2,5%. Em relação a junho de 2021, as vendas aumentaram em 14 e caíram em 13 UFs.

Fonte: Rede Brasil Atual

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