Dia Nacional dos Direitos Humanos: o que estamos fazendo por um país que respeita as diferenças e promove a igualdade?

Publicado em 12 de agosto de 2022 às 00h52min

Tag(s): Direitos Humanos



O Dia Nacional dos Direitos Humanos foi instituído em 2012 em homenagem à líder sindical e grande defensora dos direitos das mulheres e dos trabalhadores rurais, Margarida Maria Alves. Foi neste mesmo dia, em 1983, durante o Regime Militar, que Margarida foi assassinada por um matador de aluguel a mando de latifundiários.  O legado da líder sindical se estendeu mesmo após sua morte, originando manifestações e definindo a data que hoje celebramos no Brasil. Contudo, diante de uma crescente no registro de violações de Direitos Humanos, a celebração abre espaço à reflexão sobre as ameaças que nos cercam.

A todo tempo veículos da imprensa nacional e internacional estampam a realidade do povo brasileiro: assassinatos; violência física e simbólica; ataques à comunidade LGBTQIA+, às mulheres e crianças, aos povos indígenas, ao meio ambiente; racismo e discriminação étnico-cultural; mortes por omissão. Trata-se de uma lista extensa e que aumenta continuamente graças a um governo autoritário e apático às desigualdades socioeconômicas e históricas que marcam, de forma profunda, o nosso país. 

Dados de 2020 já comunicavam sobre a situação alarmante que vivemos e que só tem se agravado; naquele ano, o Brasil registrou cerca de mil denúncias diárias de violação de Direitos Humanos. Não nos esqueçamos: a subnotificação de casos mascara o real cenário, e a pandemia da Covid-19 conferiu novos e cruéis contornos à situação de grupos mais vulneráveis – pessoas negras, povos indígenas e quilombolas, mulheres e crianças. 

Face a tal realidade, desde 2018 o ADURN-Sindicato vem trabalhando internamente com um Núcleo de Direitos Humanos, Raça/Etnicidade, Gênero e Sexualidades, que tem se empenhado na defesa intransigente do respeito à dignidade humana. Neste 12 de agosto, portanto, não só reiteramos o nosso compromisso na luta pela garantia dos direitos fundamentais, individuais e sociais para todos e todas, como fazemos um chamado à reflexão: o que estamos fazendo para termos um país que respeita as diferenças e promove a igualdade?

ADURN Sindicato
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