Grito dos Excluídos realiza 29º edição no 7 de setembro com atos em Natal e Mossoró; veja detalhes

Publicado em 05 de setembro de 2023 às 12h59min

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Imagem da edição de 2021 em Natal Foto: Jana Sá

 

O tradicional ato do Grito dos Excluídos volta às ruas do Rio Grande do Norte pela primeira vez desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retornou à presidência. Em 2023, a manifestação ecoará as vozes em Natal e Mossoró, sob o lema “Você tem fome e sede de quê?”.

Criado em 1995 a partir de articulações envolvendo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Grito é organizado por setores da Igreja Católica e movimentos sociais. Na 29º edição, o evento tem como marca a denúncia das desigualdades e a violência que atingem os povos do campo e das cidades, explica André Passos, do MST-RN.

“Ao mesmo tempo, o Grito também é uma celebração da vida, da esperança e da resistência dos que não se calam diante das injustiças”, afirma.

Em Natal, o Grito trará também como mote a prisão de Bolsonaro, o fim da violência policial e criminalização do povo pobre. A concentração será na Praça Augusto Severo, no bairro da Ribeira, às 9h. Em seguida, os manifestantes fazem um percurso passando pelo bairro das Rocas e finalizando na Praia da Redinha. 

“Nós entendemos, enquanto MST, que precisamos dar um salto na democracia representativa, visto que no governo de Jair Messias Bolsonaro nós tivemos uma gestão extremamente autoritária e pouco participativa”, frisa Passos.

“Não basta eleger os representantes para apenas fazerem as leis e governarem em nome do povo. É necessário que os movimentos sociais, o conjunto da sociedade civil, estejam participando dos processos para efetivação de políticas públicas e o Grito dos Excluídos é uma possibilidade de trazermos as nossas reivindicações e contribuições para o avanço da democracia no país”, pontua.

Na capital, os sem terra devem mobilizar cerca de 150 militantes e, em Mossoró, por volta de 300.

Presidente estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RN), Alexander Brito defende que o ato levante as bandeiras de questionamento às injustiças.

“É isso que entendemos que devemos fazer: mobilizar a população numa conjuntura mais favorável nesse momento com a vitória no ano passado do presidente Lula e a derrota do Bolsonaro”, diz.

“Defendemos que os movimentos sociais estejam nas ruas disputando esse governo, porque afinal foi um governo eleito por uma ampla frente de forças que visava exatamente isolar e derrotar o Bolsonaro nas eleições do ano passado”, continua

Mossoró

Recém-eleito presidente estadual da CUT, Irailson Nunes diz que, no RN, o Grito tradicionalmente é focado em Mossoró. Neste ano, a mobilização terá diferentes eixos classificados como prioritários. São eles: políticas públicas; democracia e soberania; contra a violência estrutural, o patriarcado, racismo e machismo, e um debate acerta da desigualdade e por justiça social.

“Entendemos que a desigualdade social está intrinsecamente ligada à alta taxa de desemprego, e para isso é preciso fazermos com que tenha uma retomada da economia para assim gerarmos emprego, renda e dignidade ao povo trabalhador brasileiro”, diz o sindicalista. 

“Passamos por um longo período de diversos ataques, seja nas políticas públicas, seja nos direitos coletivos e individuais, ataque à estrutura sindical, e precisamos retomar diversos investimentos como forma de recuperar direitos fundamentais que foram perdidos ao longo dos governos anteriores”, reitera Nunes.

No Oeste potiguar, o ato em Mossoró iniciará por volta das 8h30 com concentração na lateral do Ginásio Pedro Ciarlini. Em seguida, faz a caminhada junto com o desfile cívico do município.

Fonte: Saiba Mais

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