“Sem educação não avançaremos no combate à desinformação e na defesa da democracia”, diz presidente da Andifes no STF

Publicado em 18 de setembro de 2023 às 09h44min

Tag(s): Andifes Debate STF



Durante a abertura do Seminário Combate à Desinformação e Defesa da Democracia, promovido pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, por meio do Colégio de Gestores de Comunicação das Universidades Federais (Cogecom), em parceria com o Supremo Tribunal Federal (STF), a presidente da Andifes, reitora Márcia Abrahão (UnB), afirmou que a educação é fundamental para o combate à desinformação e para a democracia. O evento está sendo realizado na sede do STF, desde a quinta-feira (14).

“Sem educação não conseguiremos avançar no combate à desinformação e na defesa da democracia. Nós, das universidades, Institutos Federais e Cefets, temos obrigação de formar melhor os jovens e as próximas gerações e dar esse retorno para a sociedade. Temos convicção de que, se não nos unirmos, não poderemos combater esse mal” afirmou.

Ainda de acordo com a reitora, as universidades federais e a educação foram os alvos preferidos daqueles que tentaram minar a democracia. “Precisamos ampliar parcerias, cursos, programas e projetos na área de informação, e informar melhor nossa sociedade. Por isso, nossas universidades estão muito felizes de participar desse evento”, destacou a presidente da Andifes.

Este evento é o resultado do encontro com os reitores das universidades parceiras do Programa de Combate à Desinformação, que o STF promove para combater o discurso de ódio e as notícias falsas, afirmou a presidente do STF, Rosa Weber. “A desinformação é um instrumento poderoso, que pode destruir vidas e instituições, e mostrou sua face nos ataques covarde em oito de janeiro último, a que sempre me refiro como Dia da Infâmia. Construções de narrativas fantasiosas com o objetivo de desacreditar instituições foram as sementes do mal que transformaram aquele dia em uma das páginas mais tristes e lamentáveis da história de nosso país”, disse a magistrada.

Já Alexandre de Moraes, ministro do STF e presidente do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), classificou as notícias fraudulentas como “a praga do século 21”. Em sua fala na abertura do Seminário, Moraes salientou o desafio conjunto de debater como avançar e tornar a democracia um pouco mais imune às notícias fraudulentas e ataques virtuais. “No Brasil vivemos na pele a questão da desinformação. O Judiciário começou a aprender a importância de se combater a desinformação e estabelecer mecanismos para salvaguardar a democracia. É preciso atuar em três frentes: educação, prevenção e repressão. A discussão sobre como se deve dar o avanço no combate à desinformação deve girar em torno desses três eixos”, afirmou o ministro.

A diretora-executiva do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Blanco, representando as entidades da sociedade civil signatárias do Programa de Combate à Desinformação, salientou a importância de capacitar as próximas gerações como uma das formas de fortalecer a democracia. “Muitos dos jovens do ensino médio não têm conhecimento sobre nada relativo aos processos democráticos e nem sobre sua possibilidade de participar como protagonistas em processos que podem alterar a realidade que vivem. Precisamos investir de forma maciça na educação cidadá de nossas crianças e jovens. Esse desafio é uma tarefa urgente”, alertou Patrícia.

O Seminário
O Seminário Combate à Desinformação e Defesa da Democracia é fruto de uma parceria da Andifes e do STF, organizado em conjunto com o Colégio de Gestores de Comunicação das Universidades Federais (Cogecom). Todas as mesas do Seminário contam com a participação de um ministro ou ministra do STF, de um reitor ou reitora de universidade federal, e um representante da sociedade civil, e têm transmissão pelo canal do STF no YouTube.

Além dos debates, no Seminário foi lançado o livro “Desinformação – O mal do século (Distorções, inverdades e fake news: a democracia ameaçada)”, com artigos sobre o tema desinformação. A publicação é resultado da parceria entre o STF e a Universidade de Brasília (UnB).

 

Fonte: ANFIDES

ADURN Sindicato
84 3211 9236 [email protected]