CPMI do Golpe bolsonarista deve se encerrar dia 18 com votação do relatório

Publicado em 04 de outubro de 2023 às 14h53min

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De acordo com o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), se houver pedido de vistas, “o que certamente deverá acontecer”, o debate e a votação do texto vão ocorrer às 9h de quarta-feira (18).

“Não será aceito pela Presidência nenhum requerimento para encerramento da discussão. Nós sabemos que o requerimento permite que, depois de 10 falas, possa haver a solicitação de encerrar a discussão, mas com o propósito de oportunizar a que todos os parlamentares inscritos possam usar da palavra, não aceitaremos requerimento para fim da discussão”, afirmou Maia.

Apesar do pedido de alguns parlamentares pela divulgação do relatório, a senadora Eliziane Gama disse não ser possível se comprometer com data porque a assessoria dela ainda “está levantado todas as informações” e há arquivos ainda não analisados.

A última oitiva no colegiado está prevista para esta quinta-feira (5), às 9h, quando vai ser ouvido o subtenente Beroaldo José de Freitas Júnior, do BPChoque (Batalhão de Policiamento de Choque) da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal).

Suspensão de quebra de sigilos
A Advocacia do Senado vai recorrer da decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Kássio Nunes Marques, de suspender a quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático do ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques.

A relatora da CPMI manifestou preocupação com a decisão proferida pelo ministro do STF “de forma monocrática”.

“Não é um recorte de alguma decisão, não é questionar alguma coisa que estivesse fora do escopo da CPMI. Ela [a decisão de Nunes Marques] anula por completo todo um processo de investigação que nós levamos aqui meses a fio. Aliás, de um ex-diretor, de uma das pessoas investigadas por esta comissão que foi presa, de uma forma posterior, pela Polícia Federal”, disse

Durante o depoimento do empresário Argino Bedin à CPMI, nesta terça-feira (3), a relatora lembrou que o ex-diretor-geral da PRF afirmou a manifestantes em rodovias que “a única ordem que nós temos é para estar aqui com vocês”.

Ex-diretor com golpistas, sob Bolsonaro
Ela também destacou a conversa de Vasques com o dono da Combat Armor, empresa que fez uma negociação de R$ 47 milhões com a PRF para a venda de veículos “fora das especificidades que estavam no edital de licitação”.

Para o presidente da CPMI, os presidentes das duas Casas do Congresso — Câmara e Senado — devem, por meio de ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), esclarecer “quais são os poderes da CPMI e quais são os limites que o STF tem para estabelecer uma certa regra para os poderes da CPMI”.

“A CPMI não pode ser cerceada. A mim, nesse momento, cabe apenas fazer o recurso que nós já autorizamos a Advocacia do Senado a proceder.”

Fonte: Diap

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