Descaso: Mesa Nacional de Negociação Permanente encerra 2023 sem reajuste salarial

Publicado em 20 de dezembro de 2023 às 09h44min

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A última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) de 2023, que aconteceu na tarde de 18/12, resultou em um cenário desalentador para os servidores federais. Promessas escassas, reajustes insuficientes nos auxílios e a exclusão dos aposentados da proposta são os contornos que definem a falta de compromisso do governo em zelar pelo funcionalismo público.

O pacote de "propostas" apresentado pelo governo revela não apenas a ausência de um real interesse em valorizar os serviços prestados pelos servidores públicos federais, mas também uma desconexão gritante com as necessidades básicas dos trabalhadores e trabalhadoras da educação federal.

A proposta apresentada pelo governo é elevar o auxílio-alimentação de R$658 para R$1 mil; a contrapartida dos planos de saúde de R$144 para R$215; e o auxílio-creche de R$321 para R$484,90. A previsão é que esses incrementos entrem em vigor a partir de maio de 2024.

Os incrementos nos auxílios de alimentação, saúde e creche são, no mínimo, uma tentativa de esconder o cerne da questão: o reajuste salarial justo, de acordo com a inflação e abrangendo servidores ativos e aposentados.

O anúncio de um futuro reajuste de 9% em dois anos soa mais como um paliativo do que uma solução concreta. Na prática, isso se traduz em 4,5% em 2025 e outros 4,5% em 2026, não resolvendo a situação atual dos trabalhadores do serviço público que sobrevivem com salário defasado.

Histórico de Lutas

O histórico de lutas e negociações nas mesas é permeado por constantes promessas não cumpridas e esperanças desfeitas. O encontro marcado às pressas, às vésperas da conclusão do orçamento da União, parece mais um jogo de cena do que um compromisso genuíno em assegurar melhores condições para os servidores.

A ausência de uma proposta consolidada de recomposição salarial por parte do governo, como afirmado pelo secretário do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, é um reflexo da negligência oficial.

Além disso, a exclusão dos aposentados e pensionistas das propostas de reajuste é uma injustiça e desconhecimento das realidades dos aposentados em nosso país.

Diante desse panorama desolador, é necessário que as lutas continuem até que o governo reconheça e valorize o trabalho dos servidores federais. O reajuste salarial não pode ser um jogo de números e promessas vagas. É tempo de ações concretas, comprometimento efetivo e consideração pelos profissionais que sustentam o serviço público.

 

Fonte: Sindiedutec

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