Autocuidado como caminho para saúde mental das pessoas idosas

Publicado em 19 de janeiro de 2024 às 10h05min

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2050, o número de idosos no mundo irá dobrar, chegando a cerca de 2 bilhões de pessoas, ou seja, 20% da população global projetada para o período. O desafio dos países é desenvolver ações que possibilitem a ativa participação dos idosos na sociedade. Mas, qual a receita para chegar com qualidade nessa fase da vida? Um dos caminhos passa pela saúde mental, tema da roda de conversa promovida nesta quarta-feira, 17, no Instituto do Envelhecer da UFRN (IEN), como parte da campanha Janeiro Branco na UFRN 2024, projeto de extensão desenvolvido pelo Serviço de Psicologia Aplicada (Sepa), vinculado ao Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA).

O assunto atraiu a participação de um grupo de idosos e acompanhantes. Uma dessas idosas foi Terezinha de Jesus Ferreira Pinto, 87 anos, que, acompanhada de sua neta, Rita Amorim, participa pela primeira vez de uma atividade do IEN. “Adorei participar dessa ação, que possibilitou fazer novos amigos”, destacou ela. Para dona Terezinha, a receita para chegar com qualidade a essa fase da vida é receber o cuidado da família, que é a sua alegria, e também cuidar da saúde e praticar pilates, que auxilia no bem-estar mental. Rita Amorim ressalta também que a família precisa dar apoio e estar sempre junto, levar para passear e usar a rotina para se mostrar presente na vida do idoso. “Sei o quanto isso é valioso”, afirma.

Na atividade promovida no IEN, como ação da campanha, a roda de conversa buscou incentivar o diálogo, ampliar a consciência e despertar o interesse para o autocuidado e o gerenciamento da saúde de pessoas idosas, com a condução da psicóloga clínica Tércia Vieira dos Santos. “O mais importante é ter essa atenção e cuidado consigo mesmo. A saúde mental é prioridade”, pontuou Tércia. Ela deu dicas destacando questões como a estar atento à saúde do corpo e da mente, evitar relacionamentos tóxicos, inclusive familiares, manter uma rotina de lazer, cuidar da aparência e buscar ajuda na psicoterapia quando sentir que é preciso.

Outra idosa que participou da atividade foi Ana Fernandes, servidora aposentada da UFRN. Em um dos momentos da roda de conversa, ela lembrou que tinha medo de envelhecer, mas que hoje, com mais de 80 anos, está muito bem e conhece seus direitos. “Ser idoso é uma dádiva, pois nem todo mundo vai chegar a essa fase da vida”, reconhece.

Dentro da programação do encontro, o grupo de idosos e acompanhantes participaram ainda de dois momentos lúdicos: os jogos Revivendo Memórias e Qual é a música?. Ao final das atividades, foi promovido um novo momento de socialização, com sorteio de brindes e oferta de lanche para os participantes.

A vice-diretora do IEN, Donália Nobre, expressou a relevância de dar aos idosos um momento para que reflitam sobre a saúde. “O Janeiro Branco estimula investirmos em saúde cognitiva e mental, e essa ação proporcionou um espaço de troca de experiências para os idosos”, coloca. 

Para a coordenadora do Janeiro Branco na UFRN, Anuska Alencar, a ação no Instituto do Envelhecer veio ao encontro do objetivo da campanha, que é colocar a saúde em evidência. “Conseguimos promover uma boa reflexão sobre o tema, além de investir na interação entre idosos participantes, o que já é promoção do bem-estar mental”, acrescentou.

Janeiro Branco na UFRN

A campanha Janeiro Branco na UFRN 2024 teve início nesta segunda-feira, 15, com a divulgação do vídeo com a participação de bolsistas do Sepa falando sobre a programação e sobre algumas dicas para manter a saúde mental. O material está disponível no Instagram da campanha. A ideia é incentivar a população a prestar mais atenção no assunto. 

As atividades acontecem até o dia 31 de janeiro, com ações, presenciais e assíncronas, envolvendo o debate de temas como depressão, direitos dos idosos e saúde do trabalhador. 

Nesta quinta-feira, 18, às 20h, será a vez da realização da live Encare esse desafio, também no Instagram, que vai dar dicas para superar a dificuldade de falar em público.

A programação vai contar ainda com jogos educativos promovidos em escolas e empresas que solicitaram a participação nos serviços do Sepa, nos dias 19, 22, 26 e 29 de janeiro. Os jogos Ligados na vida e Percepção dos riscos psicossociais no trabalho abordarão, em diversas instituições, os riscos para a saúde mental.

A campanha Janeiro Branco começou em todo o Brasil em 2014 e a UFRN participou de todas as edições, sendo a de 2024 a nona desde a criação do projeto. O mês de janeiro foi escolhido porque é natural que, no início do ano, as pessoas façam reflexões sobre suas vidas, planos e sonhos.

Fonte: Portal da UFRN

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