Servidores do judiciário federal estão em greve contra PLP 549/09

Publicado em 11 de maio de 2010 às 11h15min

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Servidores de pelo menos 17 estados do país já decidiram em assembleias aderir à greve nacional, iniciada no dia 6 de maio pela aprovação do PCS-4 (Plano de Cargos e Salários) e contra o congelamento salarial que o governo Lula tenta impor ao funcionalismo.
A greve começa a uma semana de data decisiva para os servidores: o projeto de lei que ameaça congelar salários (PLP 549/2009) poderá ser votado na sessão do dia 12 da Comissão de Trabalho da Câmara. Os servidores pressionam para que o PL 6613/2009, do PCS do Judiciário Federal, também entre na pauta nesse dia.
A mobilização dos servidores parece já surtir algum efeito na movimentação da cúpula do Judiciário. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowiski, teria conversado com o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), sobre o PCS do Judiciário, no encontro que os dois tiveram na quinta-feira 6, primeiro dia da greve. Segundo a coluna do jornalista Ricardo Noblat, Lewandowiski teria alertado Temer sobre a paralisação no Judiciário em um ano que tem eleições. Noblat afirma ainda que nos próximos dias quem visitará a Câmara será Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal.
A paralisação começou com a adesão de servidores de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Alagoas, Maranhão, Mato Grosso (desde o dia 5), Amazonas e Roraima (desde o dia 3). O TRE da Bahia entrou na greve no dia 7. Houve ainda paralisações e protestos, nos dias 5 e/ou 6, em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará, Pará, Pernambuco e no Paraná, embora sem que a categoria tenha parado por tempo indeterminado.
Decidiram quando entram na greve os servidores do Piauí (segunda, 10); Paraná, Minas Gerais, SP/Campinas (TRT-15), Pernambuco, Paraíba, Rondônia/Acre (JT) e Brasília (todos a partir do dia 12).

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