Alunos e professores debatem sobre drogas

Publicado em 26 de maio de 2010 às 12h20min

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O Colóquio Humanitas e o Coletivo dos Estudantes do Setor II, com apoio do Departamento de Ciências Sociais da UFRN, estão promovendo o VIII Colóquio Humanitas, até esta quarta-feira, 26, constando em sua programação o I Ciclo de debates “Cannabis e preconceitos”.
A mesa com o tema “Drogas: do tabu às reflexões” aconteceu ontem, 25 de maio, às 9h, com participação dos professores Alípio de Sousa, do Departamento de Ciências Sociais, e Maria Emília Monteiro, do Departamento de História, no setor de aulas II do Campus. O encontro contou também com a presença do diretor do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), professor Márcio Valença.
Segundo os palestrantes, a necessidade de promover esse evento foi em decorrência da emissão de e-mail por parte da direção do CCHLA sobre o uso de drogas ilícitas no setor II, assim como a manifestação do interesse dos estudantes em eventos relacionados ao tema. “Há a preocupação em promover palestras e eventos sobre qualquer tema de interesse do CCHLA”, disse Márcio Valença.
“O consumo de substâncias é de escolha humana. O proibicionismo cria essa situação problemática do uso das drogas”, defende a professora Maria Emília Monteiro. A sua palestra focou o contexto histórico sobre as drogas no mundo, ressaltando a maconha, sua tradição e as associações que são feitas aos usuários, além da política de redução de danos.
Com um discurso intitulado “Do triunfo do prazer ao êxtase das drogas”, o professor Alípio de Sousa falou sobre a relação entre o uso de drogas e as atividades do pensamento livre, relacionando esse uso à produção intelectual e citando personalidades como Freud e Foucault.
“O uso da liberdade implica em abrir mão de ações livres quando elas a colocam em risco. No campo das drogas vale uma ética do cuidado, da vigilância das ações. É preciso uma reflexão sobre o pensamento falho do êxtase das drogas ser a fonte da criação intelectual”, afirma o professor.
Segundo o diretor Márcio Valença, ele tem sido bastante assediado por pessoas ligadas à UFRN e por jornalistas sobre a questão do consumo de drogas nas dependências do Centro que representa. “Não vejo isso de forma disseminada ao ponto de tomar medidas maiores”, contesta.

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