Capes dobra o número de bolsas internacionais em dois anos

Publicado em 07 de maio de 2025 às 09h44min

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O número de pesquisadores beneficiados pelas bolsas internacionais da Capes praticamente dobrou nos últimos dois anos. A quantidade de bolsistas brasileiros que foram realizar atividades no exterior e de estrangeiros que vieram para o Brasil totalizou 10,1 mil, em 2024, quase 100% a mais do que os 5,2 mil atendidos em 2022.

Os dados foram apresentados pela presidente da Fundação, Denise Pires de Carvalho, nesta terça-feira, 29 de abril, durante a Conferência da Associação Brasileira de Educação Internacional (Faubai), em Brasília. “Queremos aumentar ainda mais o intercâmbio internacional, mas com o olhar da equidade, assegurando oportunidades para todas as regiões do Brasil e levando em conta a diversidade da ciência mundial”, enfatizou.

Atualmente, a Capes tem 35 programas de internacionalização. O PDSE, por exemplo, oferta, neste ano, 2,8 mil bolsas de doutorado-sanduíche fora do Brasil. A fundação mantém cooperação com 61 países, sendo França, Portugal e Estados Unidos os principais destinos. Ao todo, em 2024, foram cerca de 8,9 mil bolsistas no exterior e aproximadamente 1,2 mil estrangeiros no Brasil com o auxílio da Fundação.

A presidente, que deu um panorama do conjunto de programas da CAPES, ressaltou a necessidade de o País expandir a sua capacidade de atrair mais pesquisadores estrangeiros para instituições brasileiras. Nos últimos seis anos, 26,7 mil pós-graduandos brasileiros foram estudar no exterior com bolsa da CAPES. No mesmo período, 4,3 mil estudantes estrangeiros vieram para o Brasil. “Precisamos equilibrar esse movimento para que mais pesquisadores de outros países venham desenvolver seus estudos nos cursos e nos laboratórios das nossas instituições”, reforçou.

Denise destacou as novas ações da CAPES na internacionalização, a exemplo do Move La América, que concede bolsas para que 1,4 mil  estudantes de mestrado e doutorado de países da América Latina e do Caribe para complementarem seus estudos no Brasil. Outra iniciativa é Programa Capes/Associação de Universidades do Grupo Montevideo (AUGM), que selecionou 15 projetos para mobilidade acadêmica de pós-graduandos, pesquisadores e professores em instituições públicas de ensino superior do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai. 

CAPES Global

Outra ação mencionada pela presidente foi o  Programa Redes para Internacionalização Institucional – Capes-Global.Edu, que tem o objetivo de formar redes de pesquisa temáticas entre instituições de diferentes regiões do país e instituições do exterior, para fortalecer o protagonismo do Brasil no cenário internacional pelas atividades de pesquisa e pós-graduação. Durante a Conferência da Faubai, o diretor de Relações Internacionais da CAPES, Rui Oppermann, apresentou detalhes da iniciativa para os participantes do evento.

O debate promovido pela Faubai teve a participação de reitores e representantes de instituições de ensino superior do Brasil e do exterior. Com a presidente da CAPES, também foram painelistas a secretária-geral da Associação Internacional de Universidades, Hilligje van’t Land, a presidente da Associação Europeia de Educação Internacional, Sara López Selga, e a diretora Internacional e Parcerias Estratégicas da Universidade de Witwatersrand, da África do Sul, Samia Chasi.

“É um espaço em que as pessoas se sintam à vontade pra discutir a pesquisa do brasil e do exterior”, disse o presidente da Faubai, José Celso de Freire Junior. Para o diretor do Instituto Guimarães Rosa (IGR), do Ministério das Relações Exterior, Marco Antonio Nakata, o evento fortalece e defende a ciência e a educação. “Essas conquistas que conseguimos ao longo dos anos não podem ser perdidas”, afirmou.

 

Fonte: APUFSC-Sindical 

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