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ADURN-Sindicato
Publicado em 16 de junho de 2025 às 13h34min
Tag(s): DCE UFRN Debate Orçamento
Na última sexta-feira, 13 de junho, o miniauditório da Biblioteca Central Zila Mamede, na UFRN, foi palco da Aula Pública “Universidade que nos une em defesa do PNAES”. O evento reuniu representantes da gestão universitária, do movimento estudantil e de entidades ligadas à educação, com o objetivo de debater o atual cenário orçamentário das universidades federais e reforçar a importância do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) como instrumento fundamental para garantir a permanência de estudantes no ensino superior.
Representando o ADURN-Sindicato, estiveram na mesa o presidente da entidade, professor Oswaldo Negrão, e o professor de economia Thales Penha, membro do Conselho de Representantes do sindicato. A participação dos docentes reforçou o compromisso da entidade com a defesa da universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada, além de expressar o entendimento de que a luta pela valorização da educação é também uma luta pela democracia, pela soberania e por justiça social.
Em sua fala, o presidente do ADURN-Sindicato destacou o contexto histórico de desmonte da educação pública no Brasil, especialmente a partir do golpe de 2016. Para ele, o atual modelo orçamentário brasileiro favorece a concentração de renda e compromete o papel social das universidades públicas. “Nós precisamos pensar em qual Estado queremos. A defesa da universidade pública passa por esse entendimento. Não é só sobre garantir verba, é sobre garantir um projeto de país”, afirmou.
Oswaldo também alertou para o avanço desenfreado da privatização do ensino, especialmente na área da saúde: “Hoje, 80% das vagas dos cursos de medicina estão nas mãos do setor privado, com mensalidades que chegam a 16 mil reais. Então, virou a "galinha dos ovos de ouro', com um processo de péssima qualificação e de formação desses profissionais. Isso compromete a qualidade da formação e o futuro do SUS”.
Já o professor Thales Penha, ao abordar o cenário orçamentário, ressaltou que o calculo público deve ser construído como um processo de diálogo com a sociedade. “O orçamento precisa refletir os desejos sociais. Ele é uma carta política, e não pode ser construído como uma peça meramente técnica. Precisamos discutir que programas e metas o país quer alcançar”, pontuou. Thales destacou ainda que os sucessivos cortes colocam em risco não só a assistência estudantil, mas o funcionamento das instituições como um todo.
O professor Edmilson Lopes Júnior, Pró-reitor de Assuntos Estudantis, detalhou como a universidade tem atuado na política de assistência estudantil, ressaltando o impacto social dos auxílios. “Neste ano, mais de 6.900 estudantes da UFRN receberam auxílio financeiro. Ao todo, 11.900 estudantes foram beneficiados com recursos do PNAES, impactando, segundo dados do MEC, cerca de 110 mil pessoas, considerando os familiares desses estudantes. Isso é uma política social de grande alcance”, pontuou. Edmilson também destacou que 63% dos beneficiários do PNAES na UFRN são mulheres, e 60% se autodeclaram pretos e pardos.
O evento contou ainda com a presença do pró-reitor de Planejamento, Alessandro Câmara, que trouxe apresentação da evolução do Orçamento da Rede IFES, a situação Orçamentária de 2025 e como funciona a distribuição interna da UFRN; da professora Márcia Gurgel, representando o Fórum Estadual da Educação; da diretora da UNE, Clara Maria; e do reitor da UFRN e presidente da Andifes, Daniel Diniz, que participou de forma online. Todos reforçaram a necessidade de mobilização em defesa da educação pública e da recomposição do orçamento das universidades.
Diante do cenário de evasão estudantil, aumento das desigualdades sociais e ataques à autonomia universitária, a Aula Pública reafirmou o papel estratégico das universidades na produção de conhecimento, na promoção do desenvolvimento regional e na garantia de direitos.