ADURN-Sindicato homenageia mulheres negras e reforça a luta contra o racismo estrutural

Publicado em 25 de julho de 2025 às 09h40min

Tag(s): América Latina Mulheres



Celebrado em 25 de julho, o Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha é uma data de afirmação, resistência e luta contra as múltiplas opressões que atravessam as vidas das mulheres negras nas Américas. No Brasil, a data também marca o Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola que, no século XVIII, comandou o Quilombo do Quariterê, no atual estado do Mato Grosso, desafiando o poder colonial e o regime escravocrata. Ao rememorar essa história, o ADURN-Sindicato reforça seu compromisso com a valorização das trajetórias negras e com o enfrentamento do racismo estrutural que ainda persiste nas instituições brasileiras, inclusive nas universidades.

As mulheres negras são protagonistas históricas na luta por justiça social, educação, equidade de gênero e reconhecimento político. No entanto, continuam enfrentando profundas desigualdades, inclusive dentro do meio acadêmico. Ao olhar para as universidades, nota-se a sub-representação de mulheres negras em cargos de chefia e nos espaços de decisão. O racismo e o sexismo institucionais seguem sendo barreiras a serem enfrentadas com políticas públicas, ações afirmativas e mobilização coletiva.

Na UFRN, embora haja avanços impulsionados por cotas e por ações de extensão e pesquisa voltadas para temas étnico-raciais, ainda é visível a predominância de uma estrutura embranquecida. O ADURN-Sindicato entende que essa realidade precisa ser transformada com diálogo, formação crítica e política. É preciso lutar por uma universidade verdadeiramente democrática, que valorize os saberes plurais, a inclusão e a justiça racial como pilares da produção de conhecimento.

Assim, neste 25 de julho, o sindicato presta homenagem às mulheres negras que constroem a história, enfrentam silenciamentos e lutam, cotidianamente, por um mundo mais justo. Inspirados no legado de Tereza de Benguela, reafirmamos a necessidade de resistir, organizar e transformar: as salas de aula, os corredores das universidades e todos os espaços da vida pública.

ADURN Sindicato
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