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ADURN-Sindicato
Publicado em 25 de julho de 2025 às 14h40min
Tag(s): Movimento Estudantil Movimento Sindical
Na tarde desta quinta-feira, 24 de julho, o ADURN-Sindicato recebeu a visita de Bianca Borges, recém-eleita presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE). A estudante, que atualmente cursa Letras no Instituto Federal de São Paulo e é formada em Direito pela USP, esteve na sede da entidade para dialogar sobre os desafios atuais da educação pública brasileira, as pautas prioritárias do movimento estudantil e o fortalecimento da articulação com os docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
O encontro contou com a participação do presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, do diretor da entidade, Dimitri Taurino, e representantes do movimento estudantil local. A reunião abordou questões orçamentárias, o avanço de projetos de privatização nas universidades públicas, as ameaças da Reforma Administrativa, além da necessidade do diálogo entre entidades representativas para a defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade.
Logo na abertura da reunião, Oswaldo contextualizou o cenário político enfrentado pelos movimentos em defesa da educação: “A gente tem um desafio muito grande porque atinge não só os institutos e universidades, mas todo o serviço público”, alertou Negrão, ao citar o andamento da Reforma Administrativa. Segundo o presidente, “A estratégia agora é desmontar de baixo para cima: começa nos municípios, passa pelos estados e chega à União.”
Por outro lado, Bianca Borges contextualizou os desafios que o movimento estudantil enfrenta neste novo ciclo. "Saímos do Congresso da UNE com muita esperança, mas também com clareza do tamanho da tarefa. Nosso foco imediato é garantir orçamento para que as universidades possam funcionar plenamente. A indexação é positiva, mas precisa vir com um valor que atenda as necessidades reais", afirmou.
Segundo ela, o movimento estudantil tem como missão dialogar com o estudante e a sociedade para enfrentar o desmonte da educação e das políticas públicas. "Não teve nenhum país que conseguiu fazer transição tecnológica e geracional sem as universidades. Precisamos colocar a universidade no centro do desenvolvimento. A extrema direita nos acusa de intransigência, mas somos nós que mantemos a ponte do diálogo", completou.
Bianca apresentou ainda as resoluções políticas do 60º Congresso da UNE, realizado entre os dias 16 e 20 de julho, em Goiás. O evento reuniu milhares de estudantes de todo o país para debater temas como orçamento, permanência estudantil, qualidade do ensino privado e uma proposta de reforma universitária popular. "As teses votadas vão nortear nossa ação até o próximo congresso. Lutamos por mais verbas, mas também por um modelo de universidade que enfrente os problemas da sociedade e não só forme para o mercado", explicou.
A presidenta da UNE defendeu ainda o fortalecimento das lutas nos estados. "Estamos convocando o dia 1º de agosto como uma data de ações em defesa da soberania nacional e contra o tarifaço. Também teremos uma caravana de pós-graduandos em Brasília, dia 12 de agosto, e queremos intensificar as mobilizações na Semana do Estudante, a partir do dia 11", anunciou.
Durante a reunião, foi destacada a importância da integração entre entidades como UNE, UEE, DCEs e sindicatos. O encontro também foi espaço para trocas sobre experiências de mobilização cultural e comunicação política. Negrão lembrou a intervenção artística realizada em Natal em 2022, quando uma geladeira ensanguentada e repleta de ossos foi instalada em frente a um shopping. “Foi uma crítica direta à fome, que saiu até no Jornal Nacional. Com criatividade e arte, conseguimos impactar com poucos recursos”, relatou.
A visita de Bianca Borges ao ADURN-Sindicato simboliza o fortalecimento de uma aliança histórica entre estudantes e docentes, que seguem, juntos, lutando por uma educação pública de qualidade e pela valorização do ensino superior como pilar para o desenvolvimento do país. Para o ADURN-Sindicato, o momento é de unidade e resistência diante dos desafios que se impõem à comunidade acadêmica.