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Publicado em 31 de julho de 2025 às 09h32min
Tag(s): Encontro Nacional PROIFES
Com o objetivo de traçar diretrizes para atuação da Federação no ano que se segue, o XXI Encontro Nacional do PROIFES-Federação teve início na noite desta quarta-feira (30), na cidade de Florianópolis/SC, reunindo professores e professoras de diversos estados do Brasil. Com o tema: “Políticas Educacionais e Sindicais conectadas com os interesses da nação e as transformações sociais”, a abertura do evento contou com a participação das principais lideranças que atuam em defesa da educação no país e na América Latina.
O presidente da APUFSC-Sindical e anfitrião da noite, Bebeto Marques, deu as boas-vindas aos presentes e iniciou sua fala registrando o conturbado momento político vivido em todo o mundo, citando entre outras questões a guerra na Ucrânia, o genocídio em Gaza, e o avanço da extrema direita com pautas de destruição do bem-estar social. “Estamos vivendo um verdadeiro retrocesso, um retorno à barbárie “, disse. Em sua fala, Bebeto ainda destacou a importância de ir além da habitual pauta sindical, “nós somos chamados a enfrentar tudo isso pois somos comprometidos com os mais pobres e vulneráveis”.
Representando o Fórum Nacional de Educação (FNE) e a Confederação Sindical da Educação dos Países de Língua Portuguesa (CPLP-SE), Heleno Araújo, destacou as pautas de luta tanto do Fórum, quanto da Confederação, em conjunto com o PROIFES-Federação. “Precisamos nos manter firmes e fortes para combater os desafios que estão postos mais uma vez”, afirmou.
A diretora geral da Internacional da Educação para a América Latina (IEAL), Gabriela Bonilla, e o Secretário Geral da Conadu, Carlos De Feo, também reconheceram o papel que o PROIFES tem tido junto a esses coletivos e construindo a força da educação superior internacionalmente. Gabriela destacou que estamos em uma “disputa pelo controle da construção de conhecimento, para proteger a liberdade acadêmica e o orçamento universitário”.
Reafirmando o compromisso de caminhar junto com o PROIFES fazendo as lutas necessárias, a secretária geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Fátima Silva, desejou “que esse encontro aponte os desafios, mas acima de tudo a nossa força, a nossa coragem para enfrentar esses desafios”.
A presidenta recém eleita da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bianca Borges, apontou este como um momento decisivo para o presente e para o futuro da educação brasileira. “A universidade precisa ser tratada como elemento central para o projeto de soberania do país”, disse. Para Bianca, em tempos em que o neoliberalismo nos impõe o individualismo, a Federação tem o papel fundamental de apresentar a construção coletiva como saída para fazer o enfrentamento ao obscurantismo. “Defender a universidade é defender a democracia (…) seguimos juntos, profundamente convictos de que sem universidade não há futuro, e sem soberania não há nação”.
O presidente do Movimento Nacional dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas (MOSAP), Edison Haubert, agradeceu o convite para participar do evento e lembrou da importância do apoio do PROIFES-Federação à luta do MOSAP pela extinção da contribuição previdenciária para aposentados. “Eu me espelho muito no movimento PROIFES, é um movimento que nos impulsiona e que nos dá força”, afirmou.
Ana Júlia Rodrigues, presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Santa Catarina (CUT-SC), alertou que a atual conjuntura exige que se olhe para o passado para entender que “o que estamos vivendo hoje teve início ainda em 2013, com as mobilizações que culminaram anos mais tarde com o impeachment da presidenta Dilma”, resultando em governos que buscavam o sucateamento da universidade pública e a negação da Ciência, ideias presentes até hoje na sociedade e no atual Congresso Nacional. Já o representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-SC), Werner Franco, alertou para o novo modelo mundial que está surgindo e afirmou que, apesar do atual Congresso, temos atualmente uma conjuntura mais favorável para a luta. “Cabe a nós nesse momento aproveitar as condições para colocar todas as nossas energias para enfrentar a extrema-direita”, disse.
O presidente do PROIFES-Federação, Wellington Duarte, encerrou as falas fazendo uma breve análise do mundo instável em que a Federação está inserida. “A transição de um mundo unipolar para um mundo multipolar ela não é feita de uma maneira suave e o país que mais sente essa transição é os Estados Unidos, e ele vai resistir, e ele está resistindo”. Para Duarte, o “vira-latismo” vergonhoso da extrema-direita brasileira que está presente no Parlamento e tenta desestabilizar o Governo rebate nas lutas do PROIFES-Federação.
Para além da conjuntura internacional, fortemente presente nas falas dos demais convidados, Wellington também falou, em tom de denúncia, sobre os ataques que o PROIFES-Federação vem sofrendo, partindo de outras entidades. “A Federação, por ser o que é, por ser democrática, por ser plural, por permitir que esse grupo até sábado esteja debatendo de maneira democrática cinco temas, é atacada diariamente”.
O presidente da federação ainda ressaltou a vitória histórica dos jovens docentes do Ceará: “tiveram a coragem e a ousadia de enfrentar um movimento sindical arcaico”, elogiou sob aplausos, ressaltando que os institutos federais são esteios do desenvolvimento desse país e precisam de um cuidado especial para se consolidar.
Wellington Duarte fechou a abertura do XXI Encontro Nacional destacando que o PROIFES não tem jornada de lutas, mas sim lutas cotidianas para melhorar as condições de trabalho dos professores e professoras. “O futuro ao PROIFES pertence”, concluiu.
O XXI Encontro Nacional do PROIFES-Federação segue até o próximo sábado, dia 2 de agosto.
Fonte: PROIFES-Federação