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Publicado em 09 de setembro de 2025 às 10h10min
Tag(s): Aposentados IMD
Ação que há nove anos aproxima idosos ao universo da Tecnologia da Informação (TI), o Projeto de Extensão em Inclusão Digital para Idosos (ProEIDI), do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), está sendo utilizado como modelo inspirador para o mais novo programa de inclusão digital da Sociedade Brasileira de Computação (SBC): o Conect@Idade.
Lançado em julho, durante o Congresso da SBC realizado em Maceió (AL), a iniciativa tem como principal objetivo formar uma rede nacional de instituições, projetos e comunidades comprometidas em ampliar o acesso de pessoas idosas às tecnologias, promovendo cidadania digital, autonomia e bem-estar.
Segundo Isabel Nunes, professora do IMD que integra a coordenação nacional do Conect@Idade, o ProEIDI serviu de exemplo para a criação do programa, apresentando-se como um case de sucesso na aproximação da pessoa idosa com o mundo digital.
A ação também é fruto do apoio do professor do Departamento de Informática e Matemática Aplicada (Dimap/UFRN), Jair Leite, também diretor de projetos do IMD e integrante da comissão de educação da SBC, que acatou a ideia de levar experiências como a do ProEIDI para o âmbito nacional.
“A proposta do Conect@idade vai além do ensino técnico de ferramentas digitais. Nosso foco é promover vínculos, autonomia e dignidade, construindo uma rede solidária de formação, suporte e valorização da pessoa idosa em toda a sua complexidade”, destaca o professor Jair Leite.
O projeto também ganhou força com o apoio do professor Cristiano Maciel da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), vice-presidente da SBC e coordenador da Comissão de Inclusão, Diversidade e Equidade (Cide) da entidade.
Conect@Idade
O programa funcionará como uma rede articuladora de iniciativas em todo o país, reunindo universidades, associações, projetos sociais e outras instituições que desenvolvam ações de inclusão digital voltadas à população idosa. A proposta é oferecer diretrizes, metodologias e materiais de apoio, além de criar canais de cooperação que fortaleçam a troca de experiências e a capilarização de boas práticas.
“Nosso objetivo não é ofertar cursos diretamente, mas apoiar e fortalecer projetos que já existem ou que venham a surgir. Queremos criar uma rede colaborativa que una esforços em torno da valorização da pessoa idosa no ambiente digital”, explica Isabel Nunes.
Atualmente, o Conect@Idade encontra-se em fase de mapeamento e busca por parceiros em todo o Brasil. A SBC está elaborando um formulário nacional para identificar projetos e instituições interessadas em integrar a rede.
Entre as ações previstas pelo programa, estão a produção de guias pedagógicos e materiais de apoio; e a oferta de oficinas presenciais e remotas sobre o uso de smartphones, redes sociais, serviços digitais e segurança na internet. Também estão previstos o incentivo a mentorias intergeracionais, com jovens atuando como facilitadores do aprendizado; a criação de grupos de convivência digital; e a realização de campanhas educativas para estimular o uso consciente da tecnologia.
Idosos e exclusão digital
A criação do Conect@Idade parte da constatação de que a exclusão digital é um dos grandes fatores de isolamento social enfrentados pela população idosa, que limita o acesso a serviços, à comunicação e à participação em espaços de convivência.
No Rio Grande do Norte, o ProEIDI já vem contribuindo para superar esse desafio. Em quase uma década de existência, o projeto já capacitou cerca de mil idosos a utilizarem não apenas celulares, computadores e redes sociais, mas também a desenvolverem pensamento computacional e a serem introduzidos ao uso de Inteligência Artificial (IA).
O projeto do IMD abre, anualmente, 250 vagas. Os encontros são presenciais na própria sede do IMD, organizados entre 20 turmas ao todo.
Além de beneficiar a população idosa, o projeto também tem gerado impacto entre os próprios alunos do IMD, que atuam como monitores voluntários. Segundo Isabel Nunes, a experiência intergeracional ajuda os estudantes a desenvolverem competências socioemocionais (soft skills), como empatia, paciência e capacidade de comunicação.
Um exemplo disso é o de Brenda Souza, egressa do Bacharelado em Tecnologia da Informação (BTI) do IMD, que atribui sua participação no ProEIDI ao fato de ter conseguido um estágio e um emprego na Alura, uma das maiores plataformas de educação em tecnologia do Brasil.
“Essa foi minha primeira experiência trabalhando com educação e, desde então, não larguei essa área. Como monitora do projeto, o ProEIDI me ensinou a entender como construir aulas de acordo com a turma, melhorar a didática, entre outras coisas. E, com essa experiência, pude dar início a um estágio como monitora em 2022 na Alura Latam, onde hoje sou professora”, conta Souza.
A docente também complementa: “o ProEIDI é um ótimo exemplo de projeto educacional que transforma a vida não só dos alunos, mas também dos monitores e professores. Participar de tal projeto me fez entender, na prática, o impacto que a educação traz na vida das pessoas”.
Mais informações sobre o Conect@Idade estão disponíveis no site da SBC.
Fonte: IMD/UFRN. Edição: Juliana Holanda; Revisão: Rebeca Ribeiro.