ADURN-Sindicato participa de mobilização histórica em Natal, com público de 20mil pessoas, contra PEC da Blindagem

Publicado em 22 de setembro de 2025 às 14h08min

Tag(s): Câmara dos Deputados Democracia Mobilização PEC



Frases como “Sem anistia!” e “Bolsonaro na prisão!” ecoaram nas ruas da capital potiguar e cartazes com “Congresso inimigo do Povo!” e “Não à PEC da Blindagem!” foram espalhados na manhã do último domingo, dia 21 de setembro, durante Ato Público Contra a PEC da Blindagem. A atividade aconteceu em uma das principais avenidas de Natal, Av. Roberto Freire, seguindo da Home Center Ferreira Costa até as proximidades do Praia Shopping e contou com uma estimativa de aproximadamente 20 mil pessoas. O ADURN-Sindicato esteve presente no movimento representado pelos diretores Dimitri Taurino, Dárlio Inácio, Vilma Vitor, Gilka Pimentel, Ruthineia Diógenes, o presidente da entidade, Oswaldo Negrão, e o diretor e presidente do PROIFES-Federação, Wellington Duarte. 

O Ato Público Contra a PEC da Blindagem aconteceu em, pelo menos, 30 cidades e 22 capitais do Brasil, com o objetivo de demonstrar repúdio e revolta da sociedade brasileira sobre a decisão da Câmara dos Deputados, aprovada no dia 16 de setembro, que dificulta a abertura de processos criminais contra os parlamentares. O secretário-geral do ADURN-Sindicato, Dimitri Taurino, avalia a mobilização como “excelente”, e reflete que “a pressão popular precisa se manter acesa, principalmente com o congresso que temos hoje. Pensei que teríamos um respiro a partir de 2023, mas o andar da história tem me mostrado que não. 'É preciso estar atento e forte' para que não nos tomem nossa soberania e democracia a duras penas conquistadas".

O presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, por sua vez, destaca que o ato foi importante para “ressaltar a necessidade de defesa do Brasil enquanto uma nação soberana, e também de defesa do Estado Democrático de Direito”. O dirigente ainda pontua que “quando a gente vê a PEC na forma como ela foi apresentada e aprovada na Câmara dos Deputados e agora enviada para o Senado, nos traz uma grande indignação e também uma grande preocupação sobre esse nosso parlamento e sobre o que é, de fato, prioridade para o Brasil”. Além disso, Negrão relembra o recente ataque dos Estados Unidos quando impôs sanções econômicas ao governo brasileiro, e detalha quais os agravos financeiros a atitude americana trouxe ao país: “Temos um acumulado de mais de R$30 bilhões de prejuízos para empresários e exportadores”, afirmou Oswaldo. 

Contextualizando o negativo cenário político atual, o presidente esclarece que as atitudes que ferem diretamente o exercício da democracia e a soberania brasileira “estão todas articuladas, uma vez que é possível observar uma grande parcela da população [ainda] fazendo uma defesa para os golpistas do 8 de Janeiro e defendendo o Bolsonaro”. “Não é possível pensarmos em uma anistia quando todas as pessoas já tiveram amplo direito de defesa e a decisão do supremo já foi estabelecida. Ao mesmo tempo, precisamos fazer uma defesa da democracia dentro do próprio parlamento e também irmos pensando em ações estratégicas para que a população também se mobilize em favor da Democracia, da Educação Pública e da Saúde Pública!”, instiga Oswaldo Negrão. 

Sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)

A PEC da Blindagem tem por objetivo proteger os parlamentares de qualquer abertura de ação penal contra eles, colocando a abertura de processo sob avaliação prévia desses próprios representantes, com maioria absoluta da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal - secretamente. 

O texto prevê que os parlamentares terão o prazo de 90 dias para decidirem se autorizam, ou não, a investigação criminal, valendo a partir do momento em que o Supremo envia o pedido ao Congresso Nacional. Agora, após ser aprovada em dois turnos na Câmara, a PEC é encaminhada para o Senado e aguarda devolutiva.

ADURN Sindicato
84 3211 9236 [email protected]