Proposta sobre bioinsumos sustentáveis avança de fase em seleção para COP30

Publicado em 12 de novembro de 2025 às 10h19min

Tag(s): Pesquisa Científica UFRN



A proposta Bioinsumos Sustentáveis de Algas Marinhas, apresentada pela Sociedade Brasileira de Ficologia (SBFic), foi classificada entre as cinco mais votadas do  Eixo 1: Transição nos Setores de Energia, Indústria e Transporte, que serão analisadas pelo Comitê de Seleção, para integrar o Relatório Final da Sociedade Civil para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). O resultado foi divulgado após o encerramento das votações no dia 31 de outubro.

A proposta destaca o potencial das macroalgas como fonte renovável para a produção de biocombustíveis e de insumos agrícolas sustentáveis, ampliando o uso de bioestimulantes, além de aplicações nos setores de alimentação, cosméticos, energia e meio ambiente. O projeto reforça a contribuição das macroalgas para uma economia de baixo carbono e para o uso mais responsável dos recursos naturais.

De acordo com o autor da proposta, professor Dárlio Teixeira, da Escola Agrícola de Jundiaí da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EAJ/UFRN), a classificação do trabalho representa um marco importante para a área. “É uma oportunidade de divulgar a ciência da ficologia, que estuda as algas, e mostrar que existe produção de macroalgas no Brasil. Embora amplamente valorizados em países asiáticos, esses estudos ainda recebem pouca atenção no Ocidente”, destaca.

O projeto ressalta que as macroalgas possuem características estratégicas para enfrentar a crise climática, como crescimento acelerado, elevada eficiência fotossintética e alta capacidade de absorção de CO₂, tornando-se alternativas promissoras para soluções ambientais e para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis no país.

A COP30 começa nesta segunda-feira, 10, e segue até 21 de novembro, em Belém (PA), marcando a primeira edição do encontro sediada no Brasil. A conferência reunirá representantes de diversos países para discutir e definir estratégias globais de enfrentamento às mudanças climáticas.

Fonte: Agecom/UFRN; Texto: Rita Paixão; Edição: Hellen Almeida; Revisão:  Beatriz de Azevedo.

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