Publicado em 03 de dezembro de 2025 às 11h06min
O PROIFES-Federação e o ADURN-Sindicato estão presentes na Cúpula Popular do BRICS, iniciada na segunda-feira (1º), no Rio de Janeiro, um espaço que visa promover a participação social no bloco econômico que reúne países do Sul Global. O presidente do Sindicato, Oswaldo Negrão, integra o Grupo de Trabalho (GT) Saúde e acompanha de perto as discussões que reúnem representantes de 21 países no Armazém da Utopia, local que abriga, até o dia 4 de dezembro, debates sobre cooperação econômica, multipolaridade e os caminhos para uma nova ordem global.
A atividade ocorre paralelamente à presidência brasileira do BRICS, exercida ao longo de 2025, e se consolida como o primeiro grande evento do recém-criado Conselho Civil Popular do BRICS, instância que busca ampliar o diálogo entre sociedade civil e governos. A Cúpula Popular conta também com a presença de autoridades como o sherpa brasileiro no BRICS, o embaixador Maurício Carvalho Lyrio; Antônio Freitas, do Ministério da Fazenda; e a participação virtual de Dilma Rousseff, presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB).
Participação do ADURN-Sindicato
Oswaldo Negrão destacou a importância da iniciativa e o caráter estratégico da presença da sociedade civil no debate global: “Nesse primeiro dia tivemos uma participação muito positiva. A primeira atividade foi uma aula pública que debateu o tema da cooperação econômica e a construção da multipolaridade. E, na parte da tarde, outra atividade abordou a nova ordem global, as disputas hegemônicas e a reconfiguração geopolítica, trazendo elementos muito importantes para o debate.”
O que é o BRICS?
O BRICS é um grupo formado por países em desenvolvimento da América Latina, África, Ásia e Oceania, atuando como um fórum de articulação político-diplomática. Os membros fundadores Brasil, Rússia, Índia e China foram acompanhados pela África do Sul no ano seguinte, dando forma à sigla atual.
Hoje, o bloco conta com novos membros efetivos como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã, além de países parceiros, entre eles Bolívia, Cuba, Nigéria, Tailândia e Uzbequistão.
Cúpula Popular e os temas em debate
A programação reúne cerca de 150 representantes de movimentos, partidos, intelectuais e organizações populares dos países do bloco. Entre os temas discutidos estão:
- Cooperação econômica e construção da multipolaridade;
- Reconfiguração geopolítica mundial;
- Desdolarização das transações internacionais;
- Governança global e reforma da ONU;
- Desenvolvimento sustentável e financiamento climático;
- Integração logística, tecnológica e produtiva entre países do Sul Global.
A Cúpula Popular também busca consolidar um canal permanente com os governos do BRICS, contribuindo para propostas que reforcem o desenvolvimento social, a justiça econômica e o protagonismo das nações em desenvolvimento.
