Técnico-administrativo da UnB faz greve de fome pelo pagamento de 26,05% dos salários

Publicado em 10 de setembro de 2010 às 16h49min

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Os servidores técnico-administrativos da UnB completaram ontem (9) 178 dias em greve pelo pagamento integral dos salários. Sem espaço para negociar, a categoria optou pela judicialização do processo que garante o pagamento de 26,05% dos salários dos trabalhadores. Entretanto, ao que tudo indica, a Justiça faz vista grossa para o problema que atinge mais de 2,5 mil famílias. Como forma de tentar garantir o cumprimento da lei, o técnico-administrativo Marcelo Parise, do Instituto de Física da UnB, deu início nesta quinta-feira a uma greve de fome.
O servidor afirma que a última refeição realizada foi às 8h30 de ontem. "Só saio daqui para me alimentar se eu for derrotado ou tiver um problema de saúde", disse. Marcelo Parise ainda afirmou durante assembleia da categoria, realizada nesta quinta-feira, que a ação é uma forma de "sensibilizar quem possa resolver o problema dos técnico-administrativos".
A decisão de liberar ou não o pagamento dos 26,05% aos técnico-administrativos está nas mãos da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal. Ainda no dia 12 de maio a ministra recebeu mandado de segurança preventivo com pedido de liminar que garante o direito dos servidores ao pagamento integral dos salários. Entretanto, até agora, Cármen Lúcia sequer indicou uma data do despacho do processo.
O técnico-administrativo que adotou a greve de fome como protesto é servidor da UnB há 16 anos e, com o corte da URP, teve uma perda de mais de R$ 500,00 no orçamento familiar. De acordo com ele, já foram feitas várias manobras para poder adequar o orçamento às necessidades do dia-a-dia. Entretanto, para Parise, o mais alarmante não é o arrocho no orçamento, mas a "injustiça que vem sendo cometida" com a subtração de 26,05% dos salários.
Marcelo Parise está na Praça Chico Mendes, da UnB. O servidor afirma que dormirá no local enquanto estiver em greve de fome. Durante a assembleia de ontem, o Comando de Greve indicou o total apoio a Marcelo Parise, questão aprovada pela categoria.

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