Bancários da rede privada encerram greve, Caixa e BB mantêm

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 16h14min

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Após 15 dias de paralisação e muita mobilização, terminou na última quarta-feira (13) a maior greve dos bancários nos últimos anos, com exceção da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, que decidiram manter a paralisação em diversos Estados.
A força da greve e da unidade dos bancários que paralisou a rede pública e privada obrigou os bancos a saírem da intransigência e apresentarem propostas que contemplaram as principais reivindicações dos trabalhadores.
A categoria decidiu aprovou em assembleias realizadas nos sindicatos a proposta apresentada pela Fenaban, que inclui reajuste salarial de 7,5%, elevação do piso para R$ 1.250,00, entre outras.
Reconhecimento
Mereceu destaque também a questão do assédio moral, presente no cotidiano dos trabalhadores do setor. A cláusula que prevê o combate ao assédio moral, através da prevenção de conflitos no ambiente de trabalho. As instituições que aderirem se comprometerão com uma declaração de condenação a qualquer ato de assédio. Também deverão implantar um canal de denúncias, com prazo para apuração e retorno à entidade sindical, que deverá ser feita em 60 dias, contados a partir da data da denúncia.
A medida prevê, ainda, uma avaliação semestral do programa, com apresentação por parte da Fenaban de dados estatísticos setoriais com o objetivo de criar indicadores de qualidade. Com essa atitude os bancos reconhecem os constantes problemas enfrentados pelos trabalhadores no que diz respeito à pressão por metas e o assédio.
Caixa e BB mantêm greve
Apesar de considerarem a proposta da Fenaban como um avanço, bancários da Caixa e do BB, após acirradas discussões, decidiram manter a movimento paredista em diversas regiões como Bahia, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Pernambuco, Maranhão, Ceará, Pará, Amapá, e diversas cidades do interior de São Paulo.
A proposta foi considerada insuficiente, principalmente em relação à curva salarial do PCS (Participação dos Cargos e Salários) e pela inexistência de qualquer avanço nas discussões a respeito da isonomia (licença-prêmio e anuênio para o pós-98).
Para o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe , Emanuel Souza de Jesus, que também é membro do Comando Nacional dos Bancários, a falta de diálogo nas questões mencionadas gerou uma grande insatisfação por parte dos trabalhadores das instituições públicas. “Não foi apresentada nenhuma proposta no que diz respeito à isonomia. E na questão do piso, o PCS conquistado há dois anos já está sendo mutilado por conta da intransigência da Caixa”, afirmou.
Para o dirigente a proposta da Fenaban apesar de insatisfatória apresentou aspectos mais positivos. “A greve desse ano foi muito forte, com destaque para o crescimento da participação dos bancos privados, mobilização que arrancou o reajuste de 7,5%, com aumento real de 3,21%, e elevação do piso, uma reivindicação antiga da categoria”.
Nesta quinta-feira (14), a partir das 18h, os funcionários dos bancos voltam a se reunir para decidir o futuro do movimento. No caso da rede pública, os sindicalistas estarão acompanhando a volta ao trabalho daqueles que aderiram à greve, para que não haja represálias por parte das instituições.

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