Governo boliviano insiste em diálogo com sindicatos

Publicado em 12 de maio de 2011 às 11h24min

Tag(s): Sindicalismo



Autoridades do governo boliviano insistiram no caminho do diálogo com os sindicatos para impedir novas manifestações e marchas planejadas para esta quinta (12) em várias cidades do país.
Segundo o ministro do Trabalho, Félix Rojas, a decisão de aplicar deduções salariais para as pessoas envolvidas nesses protestos é justa. Ele solicitou que não deixem as pessoas preocupadas com atos violentos.
No entanto, o líder da Central Operária Boliviana (COB), Pedro Montes, adiantou que as marchas desta quinta-feira serão outra expressão de diferenças com o Palácio Queimado, devido à decisão de descontar as remunerações por dias de greve em abril passado.
Há um mês, a maior organização social manteve em suspense a cidade sede do Executivo, devido a enfrentamentos prolongados que reivindicavam um aumento dos salários mínimos nacionais para 200 dólares, o que o governo considerou inviável.
Rojas recorda a rodadade negociações em que as partes concordaram com um aumento salarial de 11%, um ponto percentual superior ao decretado em 02 de março.
Também o próprio presidente, Evo Morales, acusou os líderes sindicais de servirem aos interesses neoliberais contrários à sua gestão.
Ele disse ainda que , para ser um dirigente, deve ter dignidade, ética e defender os interesses de todos os bolivianos, acima dos interesses setoriais.
Morales declarou que o COB caducou, porque não tem um norte ideológico em defesa das maiorias nacionais como no passado e defende apenas interesses setoriais.
Na terça-feira, a COB suspendeu os eventos programados devido à morte e sepultamento do ex-presidente, Lidia Gueiler (1979-1980).
Do outro lado, o vice-ministro da Previdência, Mario Guillén, disse que, a partir de segunda-feira da próxima semana, as Administradoras do Fundo de Pensões (AFP) vão começar a notificar os aposentados desse sistema para certificar o aumento de mais de 6,5% que receberão em seus rendimentos.
Nesse sentido, Guillén considerou injustificada as marchas do setor dos rentistas que partiram de Calamarca, exigindo aumentos salariais, muitos deles idosos.
Segundo ele, pelo menos metade dos 28 mil pensionistas vão receber um aumento de até 60%, graças ao Fundo de Pensões, criado no final de 2010 pelo governo do presidente Evo Morales.
Ele também enfatizou que esse aumento é retroativo a 15 de março passado, quando foi promulgado o regulamento de benefícios danova Lei da Previdência.
Portal Vermelho
 

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