Há quase um mês em greve, professores do Rio de Janeiro fazem novo protesto

Publicado em 05 de julho de 2011 às 13h49min

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Professores do Rio de Janeiro, em greve desde o dia 7 de junho, fazem nesta terça-feira (5) um novo protesto pelas ruas da capital fluminense. A concentração começou nesta manhã na região do Largo do Machado e segue até o Palácio Guanabara, sede do governo local.
A principal reivindicação dos profissionais em greve é o reajuste emergencial de 26% e o descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos. A Secretaria de Educação, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que aguarda o fechamento do balanço da arrecadação estadual no primeiro semestre, para estudar a viabilidade das reivindicações. Um novo encontro entre a secretaria e membros do sindicato para discutir as propostas deve acontecer em 15 de julho.
No último protesto, no dia 1º, os docentes fizeram um ato no supermercado Mundial, no centro do Rio, contra o Auxílio Cultura - um cartão com crédito anual de R$ 500, que beneficia somente professores regentes (que trabalham em sala de aula), deixando de fora funcionários e aposentados. Para o sindicato, isso "divide e fragmenta a categoria".
Segundo o sindicato, cerca de 60% dos funcionários aderiram ao movimento e 70% das escolas da baixada Fluminense estão paralisadas. Na capital, a porcentagem é de 50%. No interior, são 30% das escolas que estão sem aula. Já a Secretaria da Educação fala em uma adesão de 1,5% dos 51 mil professores.
A secretaria também afirma que, nos últimos três anos e meio, houve aumentos salariais que chegaram a 52%. Segundo o governo estadual, houve "melhorias salariais" em todos os anos desde 2007.
A rede estadual de ensino do Rio de Janeiro tem 1.457 unidades escolares, 1,1 milhão de alunos e 75 mil professores, sendo 51 mil regentes de turma.
Antecipação
O governo estadual anunciou nesta terça-feira que vai pagar neste ano a parcela de 2012 da gratificação "Nova Escola". De acordo com a gestão Sérgio Cabral (PMDB), receberão o pagamento 167 mil servidores, a um custo de R$ 711 milhões. As alterações nos salários dependem da aprovação de um projeto a ser enviado pelo governador à Assembleia Legislativa.

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