Unasul cria conselho para enfrentar crise internacional

Publicado em 10 de agosto de 2011 às 11h42min

Tag(s): Economia



A União das Nações Sul-Americanas (Unasul) decidiu responder de maneira conjunta à crise externa que abala as economias dos Estados Unidos e da Europa. Para isso, criou um Conselho Sul-Americano de Economia e Finanças, informou nesta terça-feira em Quito a secretária-geral do organismo, María Emma Mejía.
"Haverá um compromisso político muito forte e as decisões dos ministros serão tomadas de acordo com as diretrizes dos presidentes para buscar responder à crise como um grupo regional", disse Mejía
O organismo pretende "responder à crise como grupo sub-regional, um grupo responsável fiscalmente, um grupo que tem muito o que mostrar ao mundo, que aprendeu seus lições nas crises passadas, que superou a década perdida de 80 e a década frustrada de 90" e que agora vive um bom momento, assim como os demais países latino-americanos.
Também "é uma oportunidade para mostrar ao mundo que vamos poder responder à crise e que sairemos fortalecidos dela, ou que vamos a fazer todo o possível para que ela não nos afete", completou a diplomata.
A diplomata lembrou que isso implica "blindar socialmente" a região para que ela "não se veja afetada da mesma maneira como está ocorrendo na Europa e nos Estados Unidos", que são afetados por uma crise de suas dívidas soberanas que mantém em pânico os mercados acionários do mundo todo.
A diplomata colombiana, no entanto, não falou sobre as medidas que serão tomadas pelo novo conselho, mas assegurou que será feito "todo o possível" para que a tensão financeira mundial não afete os índices de emprego e de produtividade da região.
O Conselho Sul-americano de Economia e Finanças vai começar a funcionar nesta sexta-feira, com sede em Buenos Aires, onde substituirá o grupo de trabalho de Integração Financeira, que é coordenado pela Argentina.
Com a criação deste novo conselho, Mejía disse acreditar que possam ser tomadas decisões de curto prazo para enfrentar a atual crise e de longo prazo para as reformas estruturais.
Fonte: Portal Vermelho com agências
 

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