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Publicado em 26 de agosto de 2011 às 15h40min
Tag(s): Tribuna do Norte
O apagão de mão de obra pode ainda não ter atingido o Rio Grande do Norte, mas a economia potiguar caminha para isso caso nada seja feito para mudar o quadro em que se encontra atualmente. Essa hipótese foi levantada ontem na audiência pública que debateu o Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - cujo objetivo é expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos técnicos e profissionais de nível médio, e de cursos de formação inicial e continuada para trabalhadores. "O Pronatec é a porta de saída do Bolsa Família, disse o deputado Antônio Carlos Biffi (PT/MS), relator do projeto na Câmara dos Deputados.
A questão da mão de obra foi levantada pelo deputado federal Fernando Mineiro e pelo professor Hanna Safieh, diretor técnico-comercial da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern). Hanna relatou um episódio ocorrido quando das obras de melhoria do Porto-Ilha de Areia Branca. A Codern fez um acordo com as empresas vencedoras da licitação para dar preferência à mão de obra local. Para cumprir o acordo, as empreiteiras foram obrigadas a trazer técnicos de São Paulo, para fazer o treinamento de trabalhadores em atividades específicas para aquela área: solda subaquática, soldas especiais, mecânica, instalações elétricas subaquáticas. "Hoje esses jovens estão empregados, lamentavelmente não em nosso Estado, mas no pólo de Camaçari e em outros locais."
Hanna lembrou que o Rio Grande do Norte tem um grande potencial para se desenvolver em áreas como mineração, indústria, geração de energia eólica, agropecuária, exploração dos recursos naturais do oceano Atlântico, entre outras, e vai precisar de gente especializada para montar a infraestrutura necessária à exploração dessa riqueza.
Ele afirmou que hoje existe uma situação deficitária de técnicos especializados em mecânica, eletromecânica, informática, operador de máquinas. "Precisamos um pouco de tudo. E qualquer treinamento para os jovens tem um efeito fantástico", reforçou o diretor da Codern, para quem o Pronatec vai fazer uma grande revolução social no Brasil.
O deputado Fernando Mineiro disse temer que as obras da Copa - estádio Arena das Dunas, mobilidade urbana em Natal e aeroporto de São Gonçalo do Amarante - terminem não trazendo benefícios para os potiguares exatamente por causa da carência de mão de obra. "Este hoje é o principal gargalo para o desenvolvimento nacional", observou Mineiro. "As obras da Copa, vão precisar de pessoal qualificado em todos os níveis". Por isso, ele considera o Pronatec uma ideia criativa e complementar para atacar essa carência.
A deputada Fátima Bezerra, que também integra a Comissão de Educação da Câmara, elogiou o programa e conclamou os professores, especialmente os do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN) a se integrarem a ele. Durante a audiência, parte dos educadores criticou as emendas apresentadas ao projeto original, permitindo a abertura do ensino técnico profissionalizante para a iniciativa privada. Alguns questionaram até a participação do Sistema S - Sesi, Senai, Senac e Sesc.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), entidade que congrega professores e técnicos administrativos do setor privado de ensino, critica o Pronatec, por entender que se trata de um projeto privatista que não garante uma educação profissional de qualidade.
"O Pronatec destina recursos públicos para a iniciativa privada e não o faz apenas pela isenção fiscal, mas, sobretudo, através de bolsas de estudos, caracterizando a destinação de dinheiro público para financiamento de instituições de direito privado sem que apareça no projeto critérios claros de controle público dos recursos", diz uma nota da entidade.
A audiência de ontem foi realizada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Além de educadores, parlamentares e empresários, participaram também os prefeitos de Parnamirim, Maurício Marques dos Santos; de São Gonçalo, Jaime Calado; do Assu, Ivan Júnior, e Lajes, Benes Leocádio, que preside a Federação dos Municípios do RN.