Nº de PMs vai mais que dobrar na USP

Publicado em 09 de setembro de 2011 às 14h33min

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O número de policiais militares vai mais que dobrar dentro da Cidade Universitária, no Butantã, zona oeste de São Paulo, nos próximos dias. Na tarde de ontem, o reitor da Universidade de São Paulo (USP), João Grandino Rodas, o secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Álvaro Batista Camilo, assinaram um convênio para aumentar o policiamento no câmpus da zona oeste da capital paulista.
A parceria tem duração de cinco anos, com possibilidade de renovação. Segundo o coronel Camilo, hoje 12 policiais militares fazem o patrulhamento do câmpus e do entorno dele. O policiamento foi intensificado após a morte do universitário Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, durante uma tentativa de assalto, no dia 18 de maio. "Com o convênio, o câmpus será patrulhado agora por 30 policiais", afirmou o comandante da Polícia Militar.
Crimes. Alunos da USP contam que há duas semanas criminosos arrombaram quatro carros de estudantes que integram a Rateria, a bateria da Escola Politécnica da USP. "Os alunos estacionaram os carros perto do portão 2 para ensaiar na Raia Olímpica da USP. Quando voltaram, eles encontraram os carros com os vidros estourados. Os ladrões roubaram os estepes e objetos dos alunos, como computadores", disse Fábio Gonçalves Rizzi, de 19 anos, estudante de Engenharia Metalúrgica.
Rizzi acredita que a presença da PM no câmpus vai inibir ações como essas. "Se eu fosse um bandido, também iria escolher a USP para agir. Aqui tem muita gente, muitos carros e o local fica bastante escuro à noite", disse o estudante. O reitor da USP disse que a iluminação do câmpus será melhorada nos próximos meses.
O secretário da Segurança Pública afirmou que a PM não vai atuar apenas no combate ao furto e roubo de carros, crimes mais comuns dentro da USP, mas também no uso de entorpecentes. Já o coronel Camilo ressaltou que os policiais militares não vão coibir manifestações de estudantes e funcionários na Cidade Universitária - mas faz uma ressalva quanto à possibilidade de qualquer invasão da Reitoria, que ele considera "quebra da ordem publica". "Sendo necessário, a polícia vai intervir."
Nos próximos dias, a PM vai conversar com a comunidade acadêmica para discutir o policiamento. "O que vai prevalecer na polícia comunitária é o diálogo com alunos, funcionários e professores", disse Camilo.

Estadão

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