Ex-guerrilheiros nepaleses começam nova vida

Publicado em 22 de novembro de 2011 às 10h47min

Tag(s): Internacional



Cerca de 19 mil ex-guerrilheiros maoistas nepaleses começaram a abandonar no último domingo (20) os acampamentos onde estiveram aquartelados desde o fim da guerra civil, em 2006, para unir-se ao exército regular ou voltar à vida civil.
Mais de 6 mil receberão um curso de formação militar antes de incorporar-se às Forças Armadas, em postos que não impliquem tarefas de combate, como a execução de projetos de construção e desenvolvimento, a prestação de ajuda em caso de desastres e o reforço da segurança industrial.
Os restantes serão treinados em diversas áreas civis e receberão uma recompensa monetária segundo seus antigos cargos militares, que variará entre 500 mil e 800 mil rupias (de US$ 6,3 mil a US$ 10 mil).
O processo de desmobilização, que é fruto de um acordo entre o governante Partido Comunista (Maoísta) e as outras três principais forças políticas, consumirá cerca de 10 dias e representará um dos piores obstáculos para o país depois da instauração da república em 2008.
Naquele ano, depois de abandonar seus redutos na selva e unir-se à vida política, os antigos membros do Exército Popular de Libertação do Nepal venceram as eleições que puseram fim à centenária monarquia.
Os sete acampamentos onde estavam baseados – barracões rústicos rodeados de cercas de arame – foram estabelecidos e supervisionados pelas Nações Unidas até janeiro. Muitos rebeldes tinham se casado e formado família sob essas precárias condições e exigiam uma solução para seu caso.
Recentemente, como parte do programa de reinserção social, os antigos rebeldes entregaram a uma comissão multipartidária especial as chaves dos contêineres onde guardavam suas armas.
O processo se prolongou mais que esperado pois os ex-combatentes e o Partido Comunista (Maoista) defendiam sua total integração ao exército, uma proposta que as demais formações políticas e o Alto Comando das Forças Armadas resistiram.
Outra das grandes tarefas que o governo do premiê Baburam Bhattarai tem por diante é completar a redação de uma nova Constituição, pendente há três anos e esperada ansiosamente pelos 26 milhões de habitantes da pequena nação do Himalaia.
A Assembleia Constituinte tem até o dia 30 de novembro para entregar um rascunho da Carta Magna, mas tudo indica que o prazo será ampliado uma vez mais.
Fonte: Portal Vermelho com informações da Prensa Latina
 

ADURN Sindicato
84 3211 9236 [email protected]