Docentes da Unir continuarão em greve até exoneração de reitor em RO

Publicado em 24 de novembro de 2011 às 16h25min

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m greve desde setembro, professores da Unir (Universidade Federal de Rondônia) decidiram em assembleia realizada nesta quinta-feira que continuarão parados até que a exoneração do reitor da universidade seja publicada no "Diário Oficial da União". Ele pediu demissão ontem.
Apesar da decisão, a categoria já discute propostas de um calendário acadêmico para retomar as aulas. Os professores descartam o cancelamento do semestre, mas já planejam aulas aos sábados e a suspensão "quase total" das férias de fim de ano.
"Nós estamos há cerca de 70 dias em greve. Se contarmos o período até o início do próximo semestre, em março de 2012, serão 84 dias incluindo os sábados. No máximo, deve haver duas semanas de férias. Mas isso ainda será decidido pelo conselho superior da Unir", afirmou o professor Carlos Tenório, que integra o comando de greve.
Os professores discutem a possibilidade de as aulas recomeçarem no próximo dia 5. A decisão depende ainda da posse da vice-reitora Maria Cristina Victorino de França, que deve assumir a cadeira de Januário Oliveira Amaral.

RENÚNCIA
Amaral decidiu renunciar após ser acusado de envolvimento em uma série de irregularidades na Riomar (Fundação Rio Madeira), ligada à universidade. Os ministérios públicos Federal e Estadual de Rondônia já instauraram procedimentos investigatórios sobre as denúncias.

O Ministério da Educação, que recebeu ontem o pedido de renúncia do reitor, disse que faz levantamento das contas da Unir e da Fundação Rio Madeira, ligada à universidade.
A Folha não conseguiu localizar o reitor.

ESTUDANTES
Ontem, cerca de 300 estudantes que estão acampados há mais de um mês na sede da reitoria da Unir também decidiram que só deixarão o prédio após a publicação da exoneração.
Para a estudante de medicina Lua Martins, 19, que integra o comando de greve dos alunos, o momento é de comemoração mas também de discussão sobre os rumos da universidade.
"Agora queremos negociar as pautas. Precisamos de restaurante universitário, hospital universitário, sem falar da contratação de funcionários e professores e até de papel higiênico nos banheiros", afirmou.
Os estudantes marcaram para a tarde desta quinta-feira mais um ato de comemoração do pedido de renúncia do reitor. Por volta das 15h, estão previstos queima de fogos, palavras de ordem e "microfone aberto para as pessoas expressarem o que pensam disso tudo".

Folha

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