UFRN discute com outras universidades a participação no SiSU/ENEM

Publicado em 22 de dezembro de 2011 às 16h29min

Tag(s): Agecom UFRN



A reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, abriu o seminário sobre a Participação da UFRN no Sistema de Seleção Unificada/Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM/SiSU), na tarde de terça-feira, 20, no auditório da Reitoria, reunindo professores, alunos e outros segmentos da sociedade, para discutir sobre a possibilidade de ampliação da UFRN neste processo seletivo.
Esse evento, segundo a reitora, tem a finalidade de dar sequência à discussão que a Universidade vem promovendo sobre o assunto, antes que o tema seja discutido nos colegiados superiores.
A Universidade fez um debate e, pela qualidade agregada a esse debate, a UFRN decidiu fazer uma oferta de vagas através do SiSU de forma gradativa.
Segundo Ângela Paiva, a Universidade esperou que o sistema se fortalecesse no restante do Brasil, tendo em vista o atual processo seletivo da UFRN(Vestibular), já bastante consolidado.
Oferecendo agora 380 vagas, o compromisso da UFRN, disse a reitora, é seguir discutindo com a a comunidade acadêmica esse avanço na oferta de vagas através desse sistema SiSU/ENEM. “Queremos ter mais elementos para decisões futuras”, disse se reportando à COMPERVE, que pretende fazer um planejamento até 2014.
Experiência da UFRRJ
“Vivemos um momento delicado de articulação entre a instituição e a sociedade. E para nós que temos compromisso com a educação, é fundamental aprofundar essa discussão”, disse a professora Nídia Majerowicz, iniciando a sua palestra, cujo tema foi O “ENEM/SISU na UFRRJ e democratização do acesso”.
Nídia Majerowicz é pró-reitora de Graduação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro(UFRRJ) e presidente do COGRAD(Colégio de Pró-reitores de Graduação das Instituições Federais de Ensino Superior). Em sua abordagem sobre a adoção do sistema pela UFRRJ, ela disse que a adesão dessa instituição ao sistema ENEM/SiSU partiu de algumas premissas, dentre as quais a democratização do acesso à educação, incluindo segmentos da população que historicamente estão excluídos em função das desigualdades, e a garantia da permanência.
“O acesso à educação de modo geral é afetado pelas desigualdades de renda nas famílias, estados e regiões”, afirmou Nídia, lembrando que o acesso à universidade, no Brasil, é baixíssima, muito abaixo dos indicadores internacionais.
A palestrante apresentou um gráfico, mostrando o índice do acesso à graduação na UFRRJ, até 2009, com o vestibular, comparando com 2010/2011, já utilizando o sistema SiSU. Ela citou também as ações afirmativas desta Universidade, que beneficia com um bônus de 10% os estudantes que vem da escola pública, assim como cotas para professores de licenciaturas.
A pró-reitora apresentou, também, Indicadores de acesso, de 2007 a 2009, através do tradicional vestibular, informando que em 2007 a taxa de ocupação era de 85,8% e em 2011 esse índice pulou para 98,7%.
Concluindo sua explanação, Nídia afirmou que a procura pelos cursos da UFRRJ aumentou consideravelmente, “e até adultos”, frisou. A ocupação de vagas pelo SiSU foi similar à do vestibular, com tendência de redução do número de convocação da lista de espera. Além disso, o acesso de egressos de escola pública básica e de famílias de baixa renda também foi, significativamente aumentado, informou.
A palestrante Betânia Ramalho Leite, secretária de Estado da Educação e Cultura, lembrou sua preocupação com o assunto quando presidia a Comissão Permanente do Vestibular da UFRN, participando de discussões juntamente com a então pró-reitora de Graduação, Virgínia Dantas.
Nos primeiros momentos Betânia teve uma posição crítica em relação ao ENEM, por acreditar que mudanças deverão ocorrer no conjunto do sistema educacional. Ela participou de reuniões em Brasília e elaborou um documento enquanto dirigia a Comperve.
Em sua fala, Betânia Ramalho defendeu que se dê mais importância à qualidade do ensino médio – “Precisamos recuperar a imagem, o potencial do ensino médio, que faz a ponte entre a escola e o ensino superior”, afirmou.
A secretária lembrou que foi depois de muita polêmica que a UFRN decidiu começar a participar desse processo. “A UFRN, vem a cada ano aperfeiçoando sua vocação para ser uma indutora de conhecimento, com a democratização de acesso, e preocupada com a inclusão”, afirmou Betânia.
Após as palestras, foi realizada uma mesa-redonda com a participação do reitor Josivan Barbosa Menezes Feitoza, da Universidade Federal do Semiárido, do pró-reitor de Graduação da UFRN, Alexandre Menezes e da presidente da COMPERVE, Magda Maria Pinheiro de Melo.
Participaram também do seminário, a vice-reitora Maria de Fátima Freire de Melo Ximenes, o pró-reitor Adjunto de Graduação Adelardo Dantas, e José Ederaldo Pereira, representando o reitor do IFRN, além de professores e estudantes da UFRN.

Agecom UFRN

ADURN Sindicato
84 3211 9236 [email protected]