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Publicado em 23 de maio de 2012 às 08h38min
Tag(s): Tribuna do Norte
A provinciana Natal, no início do século 20, não passava de um pequeno e irregular aglomerado urbano com pouco mais de 20 mil habitantes espalhados entre Rocas/Ribeira, Cidade Alta e Petrópolis. Os bondes estavam começando a circular pela cidade, e as rotas aéreas dominadas por dirigíveis e, posteriormente por hidroaviões, só viriam a se consolidar na década seguinte - nos idos anos 1920. E é dentro desse contexto que desembarca na capital potiguar, aos 22 anos, o italiano Thomaz Babini (1885-1949).
Compositor, regente e professor de música, violoncelista de renome internacional, Babini será lembrado nesta próxima semana, na Escola de Música da UFRN, durante o Festival "Thomaz Babini". Realizado entre os dias 22 e 25, o evento montou uma programação especial para prestar justa homenagem ao responsável pela formação de toda uma geração de violoncelistas.
O ponto alto do Festival, aberto ontem com a palestra "Thomaz Babini e a Escola de Violoncelos de Natal" do professor Cláudio Galvão, acontece na quinta-feira (24), às 20h, quando sobem ao palco do auditório Onoffre Lopes na EMUFRN o filho de Thomaz, o natalense e também viloncelista Italo Babini, 83, e a pianista norte-americana Ruth Smith, acompanhados pela Orquestra Sinfônica da UFRN. Toda a programação é gratuita.
Italo Babini não se apresenta em Natal há mais de 50 anos, e na ocasião irá apresenta "Variações Rococó" de Tchaikovsky. O Festival abre as festividades de comemoração dos 50 anos da Escola de Música.
"Thomaz Babini conheceu e se encantou com Natal, onde morou por mais de 30 anos", disse o professor e pesquisador Cláudio Galvão. "Constituiu família por aqui, e isso acabou segurando ele na cidade", acredita Galvão. O pesquisador considera Babini um multiplicador de talentos: "Foi o único professor de violoncelo do RN durante todo o tempo que viveu em Natal, e formou muitos nomes que hoje estão entre os principais expoentes da música clássica deste instrumento."
Thomaz Babini trabalhou como professor na Escola de Música do Teatro Carlos Gomes (Alberto Maranhão) e na Escola Doméstica. Também ensinava nas casas das famílias tradicionais da época, período que o piano era presença fácil entre a mobília das residências dos mais abastados.
"Pesquisei sobre Babini em jornais da época, era presença constante dos noticiários, mas não consegui encontrar o motivo dele ter se mudado para Recife em 1941. Pode ter se aborrecido com alguma coisa, da mesma forma como aconteceu com Waldemar de Almeida alguns anos depois, ou se foi embora por motivos profissionais. Não há nada escrito especificamente sobre ele, infelizmente há pouco interesse por essa memória", contou Cláudio Galvão.
Vale ressaltar que Waldemar de Almeida, primeiro diretor da Escola de Música da Universidade e nome que identifica o principal instituto de formação musical vinculado ao Estado, era 20 anos mais novo que Thomaz Babini, assim como Hianto e Oriano de Almeida. "Não eram contemporâneos. Quando Babini estava indo para o Recife é que Waldemar, Hianto e Oriano estavam despontando", explicou o pesquisador.