Redução da arrecadação e crise fazem o Planalto revisar o crescimento do PIB brasileiro para 2% no a

Publicado em 28 de junho de 2009 às 13h23min

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Para enfrentar a queda de arrecadação provocada pela crise econômica mundial, o governo federal anunciou ontem o corte de R$ 21,6 bilhões no orçamento de 2009. Com menos dinheiro no caixa, o objetivo é segurar despesas. É o caso dos concursos públicos, que terão prazos e contratações renegociados.
Em relação aos concursos já realizados, haverá adiamento nas contratações. Os concursos autorizados estão mantidos, mas haverá atraso nas seleções e até corte no número de vagas disponíveis. Fica nessa situação o concurso do Ministério da Fazenda, que teria 2 mil vagas e era um dos mais aguardados do ano na esfera federal.
- Nos concursos já realizados, estamos fazendo um novo cronograma para atrasar em dois ou três meses a contratação - disse o ministro Paulo Bernardo, do Planejamento. - Quem está esperando concurso pode saber que vai atrasar um pouco.
A abertura de novas vagas e as contratações dos concursados serão discutidas individualmente com cada órgão do governo federal. Está sendo revisado o número de vagas ofertadas e, em alguns casos, previsto o corte de até 10% delas. No caso do Ministério da Educação, por exemplo, está sendo discutida a expansão do quadro porque as contratações devem ser coordenadas com a ampliação de projetos e universidades. A reprogramação das posses dos concursados vai representar uma economia de R$ 1,066 bilhão no ano.
Os compromissos de reajuste salarial assumidos com os servidores públicos estão mantidos, mas o governo não pretende ampliar a despesa de pessoal neste ano.
Os cortes no orçamento não afetam o programa de habitação popular que o governo deve anunciar na próxima semana. Na esteira de medidas, haverá uma redução no superávit primário (economia feita para pagar os juros da dívida), que cairá de 3,8% para 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
A diferença de 0,5% será compensada com o Projeto Piloto de Investimentos, mecanismo que permite descontar do superávit os gastos com obras de infraestrutura. O governo também revisou, para baixo, a expectativa de crescimento da economia. O índice previsto passou de 3,5% para 2%.

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