Docentes da UFRN decidiram realizar plebiscito para votar sim ou não ao indicativo de greve

Publicado em 06 de junho de 2012 às 21h33min

Tag(s): Assembléia



Em Assembleia participativa, realizada nesta quarta-feira, 6 de junho, os Docentes da UFRN decidiram pela realização de um plebiscito no próximo dia 12 de junho para decidir sobre o indicativo de greve para o dia 15 de junho.
Após mais de duas horas de debate, no Centro de Educação do Campus Universitário, os professores aprovaram o indicativo de greve com 54 votos favoráveis à realização e 49 contrários, havendo ainda 3 abstenções, para ser votado no plebiscito.


Para o presidente do ADURN-Sindicato, João Bosco Araújo, a Assembleia “se apresentou como um espaço legítimo, democrático e representativo para que a categoria pudesse discutir o processo de negociação sobre a reestruturação das carreiras do Magistério Superior (MS) e Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) e se posicionar diante dos acontecimentos. É importante esclarecer que, pelo nosso Estatuto, a decisão sobre a realização de greve só pode ser feita em plebiscito. Do ponto de vista da representatividade e da legitimidade nada mais democrático que um plebiscito, que permite o posicionamento de todos os docentes sindicalizados”.


Durante todo o processo de negociação, os dirigentes do PROIFES e do ADURN-Sindicato tem defendido que a negociação deverá, até o último momento, pautar as ações da entidade e dos sindicatos federados. “As Diretorias destas entidades têm apostado na negociação e mobilizado suas forças para destravar esta roda de negociação e avançar nas conquistas das demandas da categoria. Mas respeitaremos a decisão da categoria em levar à votação o início da paralisação na UFRN e encaminharemos a realização do plebiscito e seu resultado”.
O diretor de Política Sindical do ADURN-Sindicato, Wellington Duarte, esclarece que o plebiscito acontece dia 12 de junho com urnas nos Centros e Unidades Acadêmicas, mas que o processo será definido pelo Conselho de Representantes.
Principais reivindicações
Segundo o dirigente, entre os principais pontos de reivindicação do ADURN-Sindicato e do PROIFES-Federação, estão a equiparação salarial das carreiras do Magistério Superior (MS) e Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) com a de Ciência e Tecnologia e a retomada das negociações com o Governo. Entretanto, as entidades defendem, ainda, a redução da extensão da Carreira, com redução do número de níveis em cada classe; correção de distorções ocorridas quando da criação da classe de associado; exigências para alcançar a última classe da Carreira; retirada das mudanças na forma de cálculo dos adicionais de insalubridade e periculosidade da Medida Provisória 568/12; garantia de progressão por titulação de D1 para D3 para os docentes de EBTT, enquanto não for publicado o regulamento previsto na Lei 11.784; e expansão das Universidades e Institutos Federais, com qualidade.
“Ontem, em reunião com o PROIFES-Federação, o MEC anunciou a retomada do GT Carreira e se posicionou a favor do alinhamento das carreiras docentes com a de Ciência e Tecnologia. Portanto, continuaremos a defender a aposta na continuidade das negociações”, defendeu Bosco.

 

ADURN Sindicato
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