Adufc-Sindicato aprova documento sobre a proposta do Governo

Publicado em 23 de julho de 2012 às 14h31min

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Os professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) aprovaram, em Assembleia Geral Extraordinária, um documento que será levado para a próxima rodada de negociação com o Governo Federal, no dia 23, pelo presidente da ADUFC-Sindicato, Marcelino Pequeno. O texto pontua vários aspectos da proposta apresentada na última sexta-feira que precisam de reformulação. Leia a seguir:
Os professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), reunidos em Assembleia no dia 19 de julho de 2012, decidem rejeitar a proposta apresentada pelo Governo Federal no dia 13 de julho.
Entendemos que a proposta apresentada pelo governo não reestrutura a carreira docente e apresenta vários pontos que necessitam de reformulação imediata, de modo que todos os professores do Magistério Superior e Ensino Básico, Técnico e Tecnológico sejam beneficiados. Dessa forma, pontuamos as seguintes reivindicações:
1. Exigimos que os reajustes a serem apresentados pelo governo sejam calculados de maneira que nenhum professor ativo ou aposentado tenha seus salários reduzidos e que o aumento seja real e aplicado integralmente em janeiro de 2013;
2. Exigimos uma política salarial permanente com reposição inflacionária e definição de data-base em 1°de maio;
3. Defendemos uma estrutura de carreira que reflita suas diretrizes fundantes e apresente uma lógica de formação, a exemplo da carreira de ciência e tecnologia;
4. Pleiteamos que a Classe de Titular, hoje incorporada à carreira pela proposta do governo, não tenha limites de vagas, possibilitando, assim, a ascensão de todos os professores que atendam aos condicionantes exigidos;
5. Demandamos que sejam corrigidas as distorções resultantes da criação da classe de professor associado que prejudicaram professores mais antigos que não ascenderam a essa categoria;
6. Demandamos também a remoção das barreiras de progressão na carreira do Magistério Superior e Ensino Básico, Técnico e Tecnológico;
7. Reivindicamos que a carreira docente mantenha a consonância com a LDB e respeite a autonomia universitária;
8. Reivindicamos que uma nova proposta do governo deva estimular a titulação, a produção científica, artística e cultural e a dedicação exclusiva dos docentes, apontando para uma universidade de excelência, comprometida com o desenvolvimento do País. É necessário, portanto, ampliar programas de capacitação docente para permitir a titulação dos professores do Magistério Superior e do EBTT;
9. Reivindicamos que sejam ampliados, com urgência, os recursos para investimento em infraestrutura nas Instituições Federais de Ensino Superior, com especial atenção para as unidades criadas no programa de expansão e interiorização das universidades federais brasileiras;
10. Reafirmamos a importância da abertura de um espaço de negociação, pelo Governo Federal, com apresentação de uma proposta concreta de carreira e de aumento salarial aos servidores técnico-administrativos, que, assim como os docentes, são essenciais para a educação no Brasil.
Por fim, reiteramos que é imprescindível que o governo continue aberto às negociações e ao diálogo para que possamos construir Brasil educado, desenvolvido, socialmente justo e de excelência no plano científico e tecnológico.

PROIFES

 

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