Mercadante reafirma em Fórum Nacional da Educação que as negociações estão encerradas

Publicado em 30 de agosto de 2012 às 17h59min

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 Os integrantes do Fórum Nacional de Educação (FNE) deram sequência hoje (31), em Brasília, da 6ª reunião ordinária da entidade. A pauta do encontro tem como destaque a aprovações do Documento Referência da edição de 2014 da Conferência Nacional de Educação (Conae).
O PROIFES-Federação é uma das entidades que compõe o Fórum, formado por representantes do Ministério da Educação (MEC) e de entidades da educação, além de estudantes, trabalhadores, membros de movimentos sociais, da comunidade científica e de organizações sindicais e empresariais.
A reunião de hoje contou com a presença do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que abordou alguns pontos que o governo reverá no Plano Nacional de Educação (PNE) em tramitação no Congresso Nacional a exemplo da educação inclusiva para os alunos com deficiência em classes regulares.
O ministro defendeu ainda que os 10% do Produto Interno Bruto (PIB) destinado aos investimentos na área educacional venham dos royalties do petróleo e do pré-sal para se ter uma fonte concreta de financiamento. “Essa fonte de recursos não é renovável e por isso a educação tem que ser prioritária para criar um Brasil pós-petróleo”, disse.
Sobre o piso salarial dos professores, o ministro lembrou que fará uma política que assegure o reajuste de 22%, mesmo com a resistência de alguns governadores e prefeitos para a implementação do piso.
Já em relação ao salário dos professores e técnicos universitários, o ministro disse que mesmo com o cenário econômico em queda, o governo conseguiu colocá-los como prioridade em toda a negociação feita com os setores públicos, que terão reajuste abaixo do destinado aos docentes. Segundo Mercadante, o acordo assinado com única entidade dos professores federais que apresentou uma contraproposta, o PROIFES, garantirá um reajuste progressivo de mínimo 25% até 45%, iniciado já no ano que vem, redução dos níveis para progressão entre outros. Os técnicos terão reajuste de 15,8%.
Em entrevista, o ministro disse que o reajuste é maior aos professores que possuem maior titulação, pois esta é a essência da universidade que produz conhecimento. “Quanto mais qualificado for o professor, melhor será o seu salário”. Neste ponto, o ministro lembrou que os aposentados estão protegidos já que todo o reajuste concedido aos da ativa também será repassado aos aposentados.
Questionando sobre a greve, Mercadante disse que das quatro instituições que participaram das negociações, três já assinaram o acordo e a recomendação é que voltem às suas atividades. “Não há a menor possibilidade de negociação, pois o orçamento já foi encaminhado ao Congresso e nem mesmo a possibilidade institucional, pois não podemos negociar nada mais para o ano que não tenha previsão orçamentária. A greve já foi longe demais acho que o prejuízo é muito grande para os estudantes, mas várias universidades estão voltando e vamos cobrar o calendário de reposição integral das aulas”, afirmou.
No evento, Mercadante ainda abordou desafios do governo para se alcançar uma educação de qualidade. Os problemas a serem enfrentados estão em todos os níveis, da creche ao ensino superior. É necessário fortalecer o processo de alfabetização das crianças, acabar com o índice de reprovação no ensino médio, bem como redesenhar o currículo para que as áreas do conhecimento tenham uma efetiva interdisciplinaridade, mas principalmente trazer de volta à escola as crianças e adolescentes.
Na reunião de hoje, os presentes fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao falecido vice-presidente do PROIFES-Federação, Fernando Amorim, integrante do FNE.

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