Projeto da UFRN capacita agricultores para conviver com a seca

Publicado em 13 de novembro de 2012 às 10h32min

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 A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) está desenvolvendo um projeto que pretende transformar a relação dos agricultores familiares com a seca no interior do estado. O projeto denominado “Ayram - ação interinstitucional potiguar de apoio aos agricultores familiares do RN, a partir de uma relação alternativa com a seca”, é coordenado pelo Centro de Biociências (CB).

O projeto Ayram (sol em Tupi-Guarani) é desenvolvido com agricultores assentados da reforma agrária nos Territórios da Cidadania, nas regiões do Mato Grande, Assu-Mossoró e Sertão Central do estado. Nesses locais, cerca de 300 famílias de agricultores são beneficiadas por meio de atividades de capacitação e implantação de processos produtivos adaptados à condição de estiagem ou seca.

Algumas articulações foram firmadas nas comunidades envolvidas, formando grupos de agricultores para trabalhar nessa questão, tendo em vista um processo de cooperação. Ações como construção de cisternas, irrigação por canteiros impermeabilizados, criação de peixes junto com o cultivo de verduras e implantação de pomares com irrigação, estão entre as melhorias implementadas até o momento.

Segundo o professor Deusimar Brasil, coordenador do projeto, a importância da iniciativa se dá a partir de um contexto de análise dos aspectos regionais, como o fato de o estado se localizar no Polígono das Secas. Os agricultores recebem informações sobre como trabalhar com a água disponível, se adaptando às condições do semiárido. Basicamente, esclarece o professor, “significa como armazenar água e produzir alimentos para consumo durante a época da estiagem”.

“O agricultor precisa estabelecer uma relação produtiva com a seca, revelando que esta não é apenas aquela situação mostrada nas imagens da TV, do solo rachado, de animais mortos e de pessoas chorando com fome. Nós do Ayram, queremos que seja possível, mesmo com a seca, mostrar uma situação melhor no nordeste”, finalizou o coordenador.

Agecom UFRN

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