Empreendedorismo e incubação de empresas

Empreendedorismo e incubação de empresas

Entrevista em 24 de agosto de 2009

Incentivar os estudantes a criarem seu próprio negócio e auxiliar empresas na busca por inovação. Este é o papel da Coordenação de Empreendedorismo, criada em 2008 e ligada ao Núcleo de Inovação Tecnológica da UFRN, em atividade desde 2007. À frente dela está o professor Marciano Furukava, docente do Departamento de Engenharia de Materiais e com vasta experiência em cargos administrativos.
Formado em Engenharia Mecânica, pela Unicamp, Furukava veio para a UFRN em 1978, época em que este curso estava em expansão nas universidades brasileiras, principalmente no Nordeste. O professor fez mestrado, na mesma área, na Universidade Federal de Santa Catarina e, em 2007, concluiu o doutorado em Engenharia de Materiais, na UFRN. Furukava também exerceu, por seis anos, a coordenação do curso de Engenharia Mecânica. Foi, ainda, diretor e vice do Centro de Tecnologia, chefe de Departamento e Secretário de Assuntos Estudantis.
Na Coordenação de Empreendedorismo, o professor tem buscado fomentar a criação de empresas juniores pelos estudantes. Para isso, está sempre em contato com instituições parceiras, como o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e o Senai, e com a classe empresarial do estado. “Nós promovemos palestras e cursos para despertar no estudante, principalmente naquele que está entrando agora na UFRN, seu espírito empreendedor”, declara Furukava.
O funcionamento das empresas juniores é igual ao de qualquer outra. Elas precisam obter lucros para se manterem e arcar com despesas fiscais, embora com alguns incentivos. Além disso, sua “diretoria” precisa ser substituída anualmente.
“O estudante, sozinho ou em grupo, procura um professor tutor em seu departamento e juntos eles fazem o projeto da empresa, que será enviado para uma análise de viabilidade, feita pela Coordenação de Empreendedorismo. Com o projeto aprovado, o Centro de Ensino ao qual a empresa está vinculada fornece a estrutura básica para o seu funcionamento e a Pró-reitoria de Pesquisa a auxilia na promoção dos eventos”, explica o professor.
Além do trabalho com as empresas juniores, a Coordenação de Empreendedorismo faz a incubação de empresas estabelecidas no mercado e que buscam inovações para seus produtos ou serviços. De acordo com Furukava, estas inovações podem abranger três áreas: social, quando a pesquisa envolve a qualificação de recursos humanos para a prestação de serviços; tecnológica, quando há o desenvolvimento ou melhoria de um bem de consumo; e empresarial, por meio de consultorias.


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