Governo e CNI assinam acordos para Ciência sem Fronteiras e Embrapii

Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 10h00min

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reforçou a parceria com o governo federal em ações do programa Ciência sem Fronteiras (CsF) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), ao firmar documentos envolvendo os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC), nesta quarta-feira (11), após a abertura do 8º Encontro Nacional da Indústria (Enai 2013).

 

O ministro interino do MCTI, Luiz Antonio Elias, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o presidente da CNI, Robson Andrade, assinaram um protocolo de intenções para o fortalecimento da Embrapii. No último dia 5, o próprio Mercadante, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e o diretor-presidente da organização social, João Fernando de Oliveira, haviam firmado o contrato de gestão da entidade.

 

Para o Ciência sem Fronteiras, CNI, MEC e Câmara de Comércio dos Estados Unidos subscreveram um memorando de entendimento para criar um serviço de informações sobre os setores privados brasileiro e norte-americano aos alunos do programa que planejem ingressar em estágios, além de estabelecer as bases de um instrumento de reconhecimento de empresas parceiras, por meio do qual o Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu) concede um selo de atestado de apoio ao CsF, caso a meta de bolsas seja cumprida.

 

Mão de obra

Em seu discurso na abertura do evento, a presidenta Dilma Rousseff destacou a "parceria fundamental" com a CNI no Ciência sem Fronteiras e no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do MEC. "Nos dois, estamos enfrentando juntos o desafio de elevar a qualificação e a formação profissional de nossos jovens trabalhadores", disse. "Trabalhadores mais preparados são mais produtivos e mais capazes de inovar, e trabalhadores mais produtivos e com mais capacidade de inovar têm mais oportunidades de melhorar a sua vida e a da sua família."

 

Dilma informou que, em apenas dois anos, 5,450 milhões de brasileiros se matricularam nos cursos técnicos e de qualificação do Pronatec. "Já no Ciência sem Fronteiras, hoje estamos com 60 mil jovens estudantes no exterior com bolsas nas melhores universidades no mundo, que na sua volta vão ajudar a dar o salto tecnológico que nossa economia precisa", completou.

 

A presidenta chamou atenção para a modalidade de mestrado profissional do CsF, com inscrições abertas até 31 de janeiro de 2014. "Uma inovação que vai começar agora, que eu considero muito importante para a indústria", avaliou. "Abrimos uma seleção pública para profissionais se especializarem através de um mestrado profissional, para elevar a produtividade da nossa mão de obra".

 

Incentivo

 

Nos últimos 12 meses, conforme ressaltou Dilma, o governo federal tomou uma série de medidas favoráveis à indústria brasileira, como a redução da tarifa de energia elétrica, desonerações tributárias, concessões de rodovias, novo marco regulatório dos portos, leilões de geração de energia e desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

 

"Ouso dizer que em poucos momentos o desenvolvimento da indústria esteve tão presente no centro das atenções e preocupações do governo", afirmou a presidenta. "O apoio à inovação recebeu um extraordinário impulso neste ano, com o lançamento do Plano Inova Empresa, em março, que mobiliza R$ 32,9 bilhões de investimentos. Com ele, criamos uma porta única para a apresentação de projetos, eliminando várias exigências burocráticas".

 

Para Dilma, em meio às dificuldades do cenário internacional, o país precisa pensar positivo para identificar alternativas para superar os desafios. "O governo costuma ser acusado de excessivo otimismo", observou. "Admito que é preciso tomar cuidado, mas podemos lembrar nosso presidente Juscelino Kubitscheck, que dizia que o otimista pode errar, mas o pessimista já começa errado."

 

Desafios

 

O eixo central dos debates do Enai 2013, que segue até amanhã (12), em Brasília, é a posição do Brasil frente aos desafios da economia global. Segundo Robson Andrade, o evento tem como norte a busca por "formas de aumentar a competitividade da indústria nacional, a partir de uma reflexão madura sobre as dificuldades do setor".

 

Na avaliação do presidente da CNI, nos últimos anos, "o governo federal tem feito um esforço consistente para reduzir os custos produtivos, modernizar a infraestrutura e estimular o desenvolvimento".

 

Além da parceria com CsF e Pronatec, a CNI capacita mão de obra por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). "Estamos criando uma rede com 28 Institutos Senai de Inovação e 43 de Tecnologia em todo o país", informou Andrade. "A previsão é investir R$ 1,9 bilhões, com apoio do BNDES".

 

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) continua em 2014, com ajustes de taxas de juros, em função da elevação da Selic e pela conjuntura econômica. Ele adiantou que o crédito à inovação tem previsão de aumento de 3,5% para 4%. "Esse programa, em 2013, deverá despender algo como R$ 80 bilhões para o financiamento de caminhões, máquinas agrícolas, ônibus e demais bens de capital, além de inovações tecnológicas e exportações", contou.

 

Ao lado de Dilma, Elias, Mercadante, Mantega e Andrade, compareceram à abertura do Enai 2013 o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, o senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE) e o presidente emérito da seção americana do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu), Anthony Harrington.

Fonte: SBPC

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