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Publicado em 01 de maio de 2017 às 18h13min
Tag(s): Artigo
Por Wellington Duarte*
Após quase um ano em que o Golpe foi desfechado no Senado, depois da bizarra “noite dos palhaços mortais”, produzida pelos deputados que votaram pelo prosseguimento do processo de impedimento da então presidenta Dilma, o que os trabalhadores brasileiros tem a comemorar?
As promessas vazias e mentirosas de que a deposição de um governo legitimamente eleito traria mudanças positivas para o país, trouxe o que já se sabia: os derrotados históricos assumiram o poder e começaram a implantar à fórceps a maior destruição dos direitos sociais já vista na história desse país.
Após esse período os trabalhadores perderam programas sociais; viram recursos públicos na área de educação, ciência e tecnologia e outras áreas sociais virarem pó; perderam toda e qualquer forma de comunicação com o governo; conheceram o fantasmas do desemprego e da redução da sua renda real.
Se nos treze anos passados a luta dos trabalhadores se dava em função de melhoria de vida e de ascensão social, além da sempre presente luta pelos investimentos públicos, agora a classe trabalhadora está virtualmente sob o tacão dos neoliberais mafiosos que assaltaram o poder.
Com o desemprego batendo os 14,5 milhões de pessoas, o subemprego retornando a passos largos, o “bico” retomando sua trajetória e o desalento tomando conta das milhares de famílias que tiveram suas vidas interrompidas pelos palhaços da Abafa a Jato e pelo infame e desonesto governo, que conta a massa dos meios de comunicação para empurrar cérebro a dentro a sua versão bizarra de que destruindo as relações de trabalho e acabando com a previdência pública melhorará a vida das pessoas, a única solução para os trabalhadores é RESISTIR.
Os que se apoderaram do poder não tem nenhum interesse em melhorar a vida dos trabalhadores já que os olham como uma peça na máquina de reposição e ampliação do estoque de Capital nas mãos dos setores empresariais mais poderosas e da elite financeira, perdulária e atrasada. E os trabalhadores sentem isso na pele no dia a dia. À exceção das grandes corporações que oferecem boa qualidade de salário e de trabalho para seus funcionários exatamente para tirar mais deles, a massa de trabalhadores vivem sob a permanente ameaça de desemprego e submetidos à condições de trabalho que em alguns setores parece não saído ainda dos primórdios do capitalismo.
Na Terra Brazilis os milhares de trabalhadores e dos que já se aposentaram, vivem uma situação de periculosidade e de ampliação dos retrocessos. Se os trabalhadores não derrotarem esses golpistas, terão que sobreviver num país em que o trabalhador se matará de trabalhar e será “moldado” pelos meios de comunicação para achar que “é o jeito” e de que sua condição de trabalhador o condenou a ser um apêndice na formação da riqueza do país e apêndices podem ser extirpados a qualquer momento.
Nesse Primeiro de Maio de 2017 a classe trabalhadora encontra-se do gigantesco desafio de resistir ao retrocesso, retomar a democracia e reviver o sonho de dias melhores.
Viva a luta eterna da classe trabalhadora por um futuro melhor!
* Presidente do ADURN-Sindicato, professor do Departamento de Economia da UFRN, mestre em Desenvolvimento Regional e doutor em Ciência Política pela UFRN