Museu Nacional do Rio de Janeiro é vítima da política de desmonte da Educação

Publicado em 02 de setembro de 2018 às 23h22min

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O ADURN-Sindicato lamenta profundamente o sinistro que se abateu sobre o Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte da capital Fluminense, neste domingo (02), e que vitimou a própria história e o conhecimento do país. O prédio histórico de dois séculos, foi residência da família real brasileira e tem um dos acervos mais importantes do país.

O local foi sede da primeira Assembleia Constituinte Republicana de 1889 a 1891, antes de ser destinado ao uso de museu, em 1892. O edifício é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No acervo, com cerca de 20 milhões de itens, havia diversificação nas peças, reunindo coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia e arqueologia. Havia ainda uma biblioteca de livros com obras raras.

O agravamento das condições de manutenção das estruturas das universidades e o seu sucateamento avançado, lastreado pela Emenda Constitucional 95, deve ser identificado como um dos mais diretos responsáveis por essa perda irreparável. São duzentos anos queimados em virtude da irresponsabilidade deste governo que, depois de tomar o poder a Golpe, destruiu todas as bases de sustentabilidade da economia e tornou insustentável a mínima sobrevivência das estruturas universitárias, que hoje estão à beira da mendicância.

O ADURN-Sindicato chama toda a comunidade acadêmica da UFRN para se solidarizar com a principal vítima dessa catástrofe que é o povo brasileiro, que perde uma referência de conhecimento e memória e reitera que a revogação da Emenda Constitucional 95 é condição básica para que possamos retomar a capacidade das universidades federais para que elas possam cumprir sua missão de ajudar no desenvolvimento do país.

A Diretoria

ADURN Sindicato
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