Orçamento justo para educação é política de estado, afirmam PROIFES, parlamentares e entidades em ato virtual

Publicado em 18 de setembro de 2020 às 22h25min

Tag(s): Defesa da Educação Pública PROIFES



“Foram dezesseis frentes parlamentares que participam deste ato, o que mostra a atividade suprapartidária e fundamental para alcançarmos a vitória que precisamos”, destacou o presidente do PROIFES-Federação, Nilton Brandão (SINDIEDUTEC-Sindicato), em sua fala durante o ato virtual em defesa de um orçamento justo para a educação, que reuniu outras 70 entidades online em evento na tarde desta quinta-feira, 18, como parte da programação da Semana Freireana, em comemoração ao 99º aniversário do filósofo e educador Paulo Freire.

Brandão abriu o bloco de falas do PROIFES denunciando a possibilidade da desestruturação total das Instituições Federais de Ensino do Brasil se não forem revertidos os corte de recursos e esses ataques sistemáticos à educação e autonomia das universidades e institutos federais, e aos servidores e serviço público. “Não há dúvida nenhuma de que a Reforma Administrativa representa um ataque violento à carreira docente e a possibilidade de o serviço público ser prestado com qualidade”, afirmou.

Veja vídeo com o bloco do ato coordenado pelo PROIFES:

Na sequência Lúcio Vieira, presidente da ADUFRGS-Sindical, destacou o     contexto de nomeação para reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no último dia 15, do terceiro colocado na lista tríplice elaborada e votada pela comunidade acadêmica. “Estamos vivendo aqui na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, uma das mais importantes universidades deste país, um momento extremamente grave. A Democracia dentro da universidade foi agredida, a nossa comunidade foi desrespeitada. Aquele que não obteve vitória em nenhum dos segmentos da comunidade acadêmica foi indicado pelo presidente da república para ser reitor dessa universidade. É uma agressão porque procura efetivamente acirrar os ânimos, procura manter a instabilidade e está dentro desse grande quadro de política que esse governo tem feito contra a educação”, alertou Vieira.

Já a presidenta da APUB-Sindicato, Raquel Nery, destacou que a defesa da universidade tem se confundido com a defesa da democracia. As IFES entregam a melhor educação superior ao Brasil, 90% da ciência produzida no país, e além disso, estas entidades tem trabalhado na manutenção e aperfeiçoamento da cultura democrática. A gente tem falado muito em ciência e tecnologia, mas vamos lembrar também das humanidades, como esse setor tem sido atacado de maneira sistemática em várias frentes, que não apenas a frente orçamentária”, destacou Raquel, acrescentando que os cortes orçamentários previstos vão impedir as universidades de preservar o sistema de assistência estudantil.

“Este governo tem um ódio contra a educação, e este movimento que aqui se inicia em defesa das universidades, institutos federais e educação como um todo tem um caráter cívico, pois é uma luta justa para evitar a debacle da educação”, afirmou em sua fala o presidente do ADURN-Sindicato, Wellington Duarte. Para o dirigente, é  necessário chamar a atenção da população para a política destruidora do governo federal, pois o encolhimento orçamentário da educação pública afeta o presente e o futuro da geração mais jovem e coloca uma grande interrogação sobre o futuro desse país. “Na UFRN, o túnel do tempo reacionário, já nos devolveu ao ano de 2010”, frisou Duarte, que concluiu afirmando, em tom otimista: “uma grande vitória será dada no futuro com a nossa resistência”.

Veja o vídeo com a íntegra do Ato Virtual: https://bit.ly/3iKItZW

ADURN Sindicato
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